Quinta, 25 Abril 2024 | Login

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) participa do Concurso Público Nacional Unificado com 895 vagas destinadas a variados perfis de profissionais. Trata-se do maior concurso já realizado na história do instituto. O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos divulgou na última quarta-feira (10) em Brasília, informações sobre o concurso com o lançamento dos editais no mesmo dia.

Anunciado no ano passado, o concurso é um novo modelo de seleção de servidores públicos federais no qual é possível concorrer a cargos efetivos, ofertados por diferentes órgãos, por meio de uma única prova. No total, 6.640 vagas de 21 órgãos federais integram o certame. Os editais referentes a cada um dos oito blocos temáticos nos quais essas vagas foram divididas, assim como o cronograma do processo seletivo e outras informações, estão disponíveis na página oficial do concurso na internet. As inscrições poderão ser feitas de 19 de janeiro e 9 de fevereiro, e a prova está prevista para 5 de maio.

As vagas oferecidas pelo IBGE no concurso público unificado estão distribuídas em sete dos oito blocos temáticos e não haverá prova de títulos para os cargos do instituto. O Bloco 4 é o único que não apresenta postos de trabalho no IBGE. Conforme o ministério, cada candidato poderá se inscrever apenas para vagas de um determinado bloco, de acordo com sua trajetória acadêmica e interesse pessoal.

Para quem tem nível superior, os cargos e especialidades relacionados ao IBGE ficaram divididos da seguinte forma: 133 vagas no Bloco 1 (Infraestrutura, Exatas e Engenharias); 122 vagas no Bloco 2 (Tecnologia, Dados e Informação); 29 vagas no Bloco 3 (Ambiental, Agrário e Biológicas); 4 vagas no Bloco 5 (Educação, Saúde, Desenvolvimento Social e Direitos Humanos); 32 vagas no Bloco 6 (Setores Econômicos e Regulação); e 275 vagas no Bloco 7 (Gestão Governamental e Administração Pública).

Os aprovados poderão trabalhar em diversas localidades do território nacional, dependendo da função escolhida. Nos casos em que um cargo for oferecido em diferentes cidades e/ou estados, terá preferência de escolha do seu respectivo local de trabalho a pessoa com melhor classificação no concurso e assim sucessivamente.

No Bloco 8 (Nível Intermediário) foram alocadas com 300 vagas direcionadas aos candidatos com nível médio de escolaridade, reunidas separadamente em cada uma das cinco regiões do Brasil: 47 vagas no Norte; 86 no Nordeste; 40 no Centro-Oeste; 91 no Sudeste; e 36 no Sul. A opção pela(s) região(ões) desejada(s) será feita pelo candidato no momento da inscrição.

Dois dos três cargos com exigência de ensino superior (Analista de Planejamento, Gestão e Infraestrutura em Informações Geográficas e Estatísticas; e Tecnologista em Informações Geográficas e Estatísticas) têm salário inicial de R$ 8.453,00. Pesquisador em Informações Geográficas e Estatísticas receberá R$ 10.233,67, enquanto para as funções de nível médio (Técnico em Informações Geográficas e Estatísticas) o valor é R$ 4.008,24. Não foram consideradas eventuais gratificações por qualificação. Os servidores federais permanentes têm direito a benefícios como auxílio-saúde, auxílio-alimentação, auxílio-transporte, auxílio-creche, entre outros.

“Este concurso é extremamente importante, considerando a necessidade de reposição dos quadros do IBGE. Acredito que a estratégia do Concurso Nacional Unificado vai nos apoiar, identificando futuros servidores alinhados com a administração pública que possam, efetivamente, contribuir para o IBGE do futuro”, afirmou, em nota Bruno Malheiros, coordenador de Recursos Humanos do instituto.

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A taxa de desemprego no Brasil foi de 7,5% no trimestre móvel terminado em novembro, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em relação ao trimestre imediatamente anterior, entre junho e agosto, o período traz redução de 0,3 ponto percentual (7,8%) na taxa de desocupação. No mesmo trimestre de 2022, a taxa era de 8,1%. A taxa trimestral é a menor desde fevereiro de 2015, quando também era de 7,5%.

Com os resultados deste trimestre, o número absoluto de desocupados ficou estável contra o trimestre anterior, em 8,2 milhões de pessoas. O país chegou ao menor contingente de desocupados em números absolutos desde o trimestre móvel encerrado em abril de 2015 (8,1 milhões).

Em relação ao mesmo trimestre do ano passado, são 539 mil pessoas a menos no contingente de desocupados, um recuo é de 6,2%.

No trimestre, houve crescimento de 0,9% na população ocupada, que chegou ao recorde de 100,5 milhões de pessoas, maior número da série histórica iniciada em 2012. No ano, o aumento foi de 0,8%, com mais 815 mil pessoas ocupadas.

Assim, o percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar — chamado de nível da ocupação — foi estimado em 57,4%, alta de 0,4 p.p. no trimestre. Em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, há estabilidade.

Por fim, o número de pessoas dentro da força de trabalho (soma de ocupados e desocupados), teve alta de 0,6% no trimestre, estimado em 108,7 milhões. A população fora da força totalizou 66,5 milhões, com estabilidade no período.

“A taxa de 7,5% é a menor para um trimestre encerrado em novembro desde 2014 (6,6%), ou seja, retoma a valores de quase dez anos atrás, quando a desocupação era bem mais baixa”, afirma Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE.

Veja os destaques da pesquisa
Taxa de desocupação: 7,5%
População desocupada: 8,2 milhões de pessoas
População ocupada: 100,5 milhões
População fora da força de trabalho: 66,5 milhões
População desalentada: 3,4 milhões
Empregados com carteira assinada: 37,7 milhões
Empregados sem carteira assinada: 13,4 milhões
Trabalhadores por conta própria: 25,6 milhões
Trabalhadores domésticos: 5,9 milhões
Trabalhadores informais: 39,4 milhões
Taxa de informalidade: 39,2%

Crescimento de formais e informais
O aumento da população ocupada trouxe elevação tanto do trabalho formal quanto informal. Os trabalhadores com carteira assinada tiveram alta de 1,4% no trimestre, chegando a 37,7 milhões de trabalhadores.

Segundo o IBGE, esse é o segundo maior patamar da série histórica para a carteira assinada. O maior número foi registrado no trimestre encerrado em junho de 2014, quando eram 37,8 milhões de pessoas.

"O emprego com carteira foi o que mais contribuiu para o aumento da ocupação", diz Adriana Beringuy, do IBGE.

Já os empregados sem carteira assinada no setor privado somaram 13,4 milhões no trimestre, no maior contingente da série histórica. A taxa de informalidade oscilou de 39,1% para 39,2% entre os trimestres, o que mostra que o grupo têm movimentações mais discretas com a retomada do mercado de trabalho.

Beringuy, do IBGE, explica que os informais não apresentam recuo estatístico relevante desde o trimestre encerrado em maio de 2021.

Rendimento em alta
O rendimento real habitual teve alta de 2,3% frente ao trimestre anterior, e passou a R$ 3.034. No ano, o crescimento foi de 3,8%. Desde a pandemia, o rendimento médio não passava dos R$ 3 mil.

Já a massa de rendimento real habitual foi estimada em R$ 300,2 bilhões, mais um recorde da série histórica do IBGE. O resultado subiu 3,2% frente ao trimestre anterior, e cresceu 4,8% na comparação anual.

Publicado em Economia

Seis em cada 10 municípios baianos não têm receita própria e dependem de repasses constitucionais para arcar com as despesas públicas, segundo a União dos Municípios da Bahia (UPB). Destes, 55 estão sofrendo com perdas na arrecadação de verbas do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) por causa da redução populacional registrada pelo último Censo Demográfico do IBGE.

São cidades com até 20 mil habitantes, que correspondem a mais da metade das 101 afetadas na Bahia [veja lista completa abaixo]. Ainda de acordo com a UPB, a perda total até o momento não foi calculada, mas a previsão é de que no mês de agosto os municípios arrecadem 8% a menos em comparação com o mesmo período do ano passado.

O FPM é um fundo pelo qual a União repassa, a cada dez dias, 22,5% do que arrecada com o Imposto de Renda (IR) e o Imposto sobre o Produto Industrializado (IPI). A cada mês, portanto, são três transferências, que ocorrem nos dias 10, 20 e 30. Na Bahia, os valores são destinados a manutenção de serviços básicos como educação (25%), saúde (15%) e serviço social (3%).

A receita é repassada com base no tamanho da população. Ou seja, quanto menor o número de habitantes, menor o recurso recebido pelo município. No contexto em que a Bahia some tantas cidades dependentes da receita federal, o clima é de preocupação entre os governantes.

“Nos temos 417 municípios aqui na Bahia. Entre eles, aproximadamente 370 vivem exclusivamente das transferências ordinárias e voluntárias do Governo Federal, no caso, o FPM. Então a maioria dos municípios estão passando por uma dificuldade muito grande. Esses recursos não são todos livres, ele tem as porcentagem constitucionais para saúde e educação. Uma coisa puxa a outra. Se diminuem os recursos livres, diminuem automaticamente os recursos para as áreas constitucionais”, afirma o presidente da UPB, prefeito Quinho de Belo Campo.

Entre os municípios baianos com menos de 20 mil habitantes afetados estão: Conceição do Almeida (- 2.248 habitantes), Nova Canaã (- 754 habitantes), Sátiro Dias (- 2.949 habitantes) e Serra Dourada (- 1421 habitantes). As prefeituras das quatro cidades foram procuradas para comentar sobre os efeitos na redução da arrecadação, mas não houve retorno até o fechamento desta matéria.

Prefeitos vão parar

Com intuito de chamar a atenção do Governo Federal, Tribunal de Contas da União e Congresso Nacional para as dificuldades financeiras enfrentadas pelos municípios, os prefeitos vão parar as suas atividades e as operações administrativas das prefeituras na próxima quarta-feira (30). A paralisação foi anunciada pelo presidente da FPM nesta segunda-feira (28).

As atividades essenciais como saúde, educação e limpeza urbana seguirão normalmente. Até ontem, 280 prefeituras haviam aderido ao movimento. A lista de nomes não foi divulgada. A expectativa de Quinho é de que 90% dos prefeitos baianos apoiem o grupo. As mobilizações já começam nesta terça-feira (29), com a presença dos gestores em Brasília, e seguem até amanhã, com o início da paralisação.

O objetivo da viagem à capital do país é defender os caminhos para minimizar o impacto da crise. Os prefeitos defendem a liberação de um Auxílio Financeiro aos Municípios (AFM), que a União pode liberar de forma emergencial, e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que sugere o aumento de 1,5% no FPM.

Além disso, os gestores querem a aprovação do Projeto de Lei Complementar (PLP) 94/2023, que visa a recomposição de perdas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) com um potencial benefício de R$6,8 bilhões para os 5.570 municípios brasileiros em três anos. O movimento municipalista acontece em conjunto com outros estados do Nordeste.

A reportagem entrou em contato com o Congresso Nacional (Câmara dos Deputados Federais e Senado Federal) para saber um posicionamento dos órgãos sobre a mobilização dos prefeitos baianos, mas os dois sugeriram falar diretamente com os senadores e deputados. O Tribunal de Contas da União também foi procurado, mas não respondeu até o fechamento desta matéria.

Prefeituras querem reduzir alíquota patronal do INSS

As prefeituras também reivindicam a redução da alíquota patronal do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) de 22,5% para 8%. O Projeto de Lei 334/2023, que desonera a folha salarial de 17 segmentos privados, será votado na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (29). Segundo o presidente da UPB, Quinho, os prefeitos baianos desejam incluir as prefeituras na lista de contemplados, caso o PL seja aprovado.

Para o grupo municipal, a atual alíquota somada às perdas do FPM inviabiliza a manutenção dos empregos. “Para você terem uma ideia da dimensão disso, os times de futebol, que não têm que prestar assistência social e saúde, pagam até 5% [de alíquota patronal do INSS]. É um gargalo muito grande. Nós vamos fazer uma verdadeira luta no Congresso Nacional. Não tem mais como aceitar que um município pague 22,5% de INSS patronal”, destaca Quinho. Se aprovado, o PL atingirá 370 municípios baianos com até 143 mil habitantes.

Municípios mais prejudicados com as perdas nos repasses do FPM

1- Adustina - 14.166

2- Andaraí - 13.406

3- Antas - 14.453

4- Aporá - 16.909

5- Aramari - 9.781

6- Arataca - 8.219

7- Banzaê - 11.869

8- Bom Jesus da Serra - 9.572

9- Bonito - 15.837

10- Brejões - 12.914

11- Brejolândia - 9.114

12- Buerarema - 16.880

13- Caetanos - 13.242

14- Caldeirão Grande - 13.063

15 - Candiba - 13.007

16 - Canudos - 15.906

17- Central - 16.223

18- Conceição do Almeida - 15.401

19- Cotegipe - 13.059

20- Dário Meira - 10.025

21- Heliópolis - 12.301

22- Igrapiúna -13.077

23- Itaguaçu da Bahia - 13.116

24 - Itapebi - 9.779

25 - Jandaíra - 9.112

26- Maiquinique - 9.452

27- Mairi - 16.122

28- Malhada - 15.426

29- Manoel Vitorino - 13.327

30- Mascote - 11.991

31 - Mirangaba - 15.050

32 - Nilo Peçanha - 12.032

33- Nova Canaã - 15.959

34- Novo Triunfo - 10.666

35- Pé de Serra - 13.242

36- Pedro Alexandre - 14.056

37- Pintadas - 9.805

38 - Piripá - 9.158

39 - Piritiba - 17.549

40- Rio do Antônio - 13.098

41 - Rio do Pires - 9.585

42- Santa Terezinha - 9.790

43- São Félix - 10.946

44 - Sátiro Dias - 16.021

45- Sebastião Laranjeiras - 9.373

46- Serra Dourada - 16.691

47- Serrolândia - 13.320

48- Souto Soares - 16.904

49- Tapiramutá - 15.884

50- Ubatã - 18.161

51 - Umburanas - 13.511

52 - Urandi - 15.365

53- Utinga - 16.285

54- Várzea da Roça - 13.043

55- Marcionílio Souza - 9.256

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A taxa de desemprego do trimestre finalizado em abril deste ano (8,5%) é a menor para o período desde 2015, quando o indicador havia ficado em 8,1%. Na comparação com o ano passado, por exemplo, houve uma queda de 2 pontos percentuais, já que a taxa do trimestre encerrado em abril de 2022 foi de 10,5%.

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) e foram divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Esse também é o segundo ano consecutivo em que a taxa de desemprego não cresce em relação ao trimestre encerrado em janeiro, como costuma acontecer nesse período. Em 2022, a taxa caiu 0,7%. Neste ano, manteve-se estável.

Segundo a pesquisadora do IBGE Alessandra Brito, tampouco houve aumento da população desempregada, que se manteve estável, em 9,1 milhões de pessoas. “O que está explicando essa taxa [de desemprego] ter ficado estável [na comparação trimestral] é porque a procura [por trabalho] não aumentou estatisticamente como era esperado pela questão sazonal”, conta.

Ela destaca ainda que a população subutilizada, aquela que está desocupada ou que poderia trabalhar mais do que trabalha, ficou em 21 milhões de pessoas, isto é, 2,5% menor que no trimestre anterior (encerrado em janeiro) e 19,6% inferior ao mesmo período do ano passado (trimestre findo em abril de 2022).

A população fora da força de trabalho, ou seja, aqueles que não estão trabalhando e nem procurando emprego, aumentou, chegando a 67,2 milhões de pessoas. Houve altas de 1,3% ante o trimestre anterior e de 3,5% no ano.

“Quando a gente vai olhar para a população fora da força, poderia pensar que as pessoas desistiram de procurar porque o mercado está ruim, mas não é o que parece. A população desalentada teve redução e a força de trabalho potencial também teve redução”, afirma a pesquisadora.

A população desalentada é formada por aqueles que gostariam de trabalhar e estavam disponíveis, mas não buscaram trabalho por vários motivos. Esse contingente chegou a 3,8 milhões de pessoas, 4,8% a menos do que no trimestre anterior e 15,3% a menos do que no ano passado.

Já a força de trabalho potencial reúne aquelas pessoas que procuraram trabalho, mas não estavam disponíveis e aquelas que gostariam de trabalhar, mas não chegaram a buscar emprego. O tamanho desse grupo caiu 6,2% na comparação trimestral e 16,7% na comparação anual.

“Não parecem ser questões do mercado de trabalho esse aumento fora da força. Não parece ser por desânimo em relação ao mercado de trabalho”, conta Alessandra. “Podem ser outros fatores, que são vários. Pode ser outra fonte de renda, opções da pessoa, uma opção de mais estudo, mais qualificação. E a gente não consegue responder com os dados nessas divulgações [pesquisas] mais conjunturais”, disse.

Segundo a pesquisadora, ao longo de 2022, a taxa de desemprego mostrou uma melhora em relação ao início da pandemia de covid-19 (anos de 2020 e 2021) e, nos últimos trimestres, vem apresentando estabilidade em torno de 8%.

Ocupação
O contingente de pessoas ocupadas, ou seja, aqueles que estão trabalhando no país, ficou em 98 milhões de pessoas, um recuo de 0,6% (menos 605 mil pessoas) ante o trimestre anterior e uma alta de 1,6% (mais 1,5 milhão de pessoas) em relação ao ano anterior.

O nível de ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) chegou a 56,2%: queda em relação ao trimestre anterior (56,7%) e alta na comparação com o ano passado (55,8%).

A perda de postos de trabalho de janeiro para abril ocorreu principalmente nos setores do comércio, agricultura e serviços domésticos. Já a alta em relação a abril de 2022, pode ser explicada pela abertura de postos nos segmentos de transporte, armazenagem e correios; informação, comunicação e atividades financeiras; e administração pública.

Informalidade
A taxa de informalidade no mercado de trabalho brasileiro chegou a 38,9% da população ocupada, ou seja, 38 milhões de pessoas. O percentual ficou abaixo dos observados no trimestre anterior (39%) e no mesmo trimestre do ano passado (40,1%).

Os empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (que não fazem trabalho doméstico) ficou em 36,8 milhões, estável ante trimestre anterior e 4,4% superior (mais 1,6 milhão de pessoas) ante o ano anterior.

Aqueles que trabalham sem carteira assinada no setor privado (12,7 milhões) recuaram 2,9% (menos 383 mil pessoas) no trimestre e ficou estável na comparação anual.

O contingente de trabalhadores por conta própria (25,2 milhões de pessoas) manteve-se estável em ambas as comparações.

Já os trabalhadores domésticos chegaram a 5,7 milhões de pessoas, queda 3,2% no trimestre e ficou estável ante o trimestre encerrado em abril de 2022.

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O ex-presidente do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Roberto Olinto, questionou a credibilidade dos dados preliminares do Censo Demográfico de 2022. Para ele, a publicação expõe a “tragédia absoluta” que se abateu sobre a pesquisa. A declaração foi dada durante entrevista ao jornal Folha de S. Paulo.

Olinto defende a realização de uma ampla auditoria dos dados para verificar se eles são válidos, se é preciso realizar um trabalho adicional ou, em caso extremo, se é o caso de elaborar um novo Censo.

“Por que tem que auditar? Porque esses dados não são confiáveis. Teve todos esses problemas, e uma coleta de seis meses é tudo que a demografia reclama. Não pode ser assim”, diz.

Hoje pesquisador associado do FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), Olinto presidiu o IBGE entre junho de 2017 e dezembro de 2018.

Antes, foi diretor de pesquisas do órgão e coordenador da área de contas nacionais, responsável pelo cálculo do PIB (Produto Interno Bruto) do país.

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Pesquisa do IBGE divulgada nesta sexta-feira (11) mostra que, em 2021, considerando-se a linha de pobreza monetária proposta pelo Banco Mundial, a proporção de pessoas pobres no país era de 18,6% entre os brancos e praticamente o dobro entre os pretos (34,5%) e entre os pardos (38,4%). Os dados são do estudo Desigualdades Sociais por Cor ou Raça no Brasil.

“As populações preta e parda representam 9,1% e 47% da população brasileira, respectivamente. Mas, nos indicadores que refletem melhores níveis de condições de vida, a participação dessas populações é mais baixa”, diz o analista do IBGE João Hallak.

Na taxa de pobreza, o IBGE considerou a linha de U$$ 5,50 diários (ou R$ 486 mensais per capita). Na linha da extrema pobreza, (US$ 1,90 diários ou R$ 168 mensais per capita), as taxas foram de 5% para brancos, contra 9% dos pretos e 11,4% dos pardos.

“Em 2021, havia 8,4% da população na extrema pobreza. O percentual da população branca estava abaixo dessa média. Já as populações preta e parda tinham proporções acima da média e dos brancos”, diz o analista André Simões.
Desocupação também é maior entre os negros
O levantamento mostra ainda que, em 2021, a taxa de desocupação também era maior entre os pretos e pardos. Enquanto entre a população branca era de 11,3%, para a preta ficou em 16,5% e para a parda, em 16,2%.

A taxa de subutilização era de 22,5% entre os brancos, enquanto era de 32% entre os pretos e 33,4% entre os pardos.

“A taxa composta de subutilização considera, além da desocupação, a população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas e quem estava na força de trabalho potencial. Entre os brancos, essa taxa era inferior às das populações preta e parda, e isso não muda conforme o nível de instrução. A distância varia um pouco, mas em todos os níveis de instrução a população branca tem uma taxa de subutilização inferior à da preta ou parda”, diz Hallak.

Enquanto os brancos representavam 43,8% da força de trabalho (soma de ocupados e desocupados), os pretos eram 10,2% e os pardos, 45%. Mas os percentuais de pretos e pardos são mais altos entre os desocupados: 12% e 52%, respectivamente. Já os brancos eram 35,2% dos desocupados em 2021.

“Esse indicador já mostra uma desvantagem dessas populações na inserção no mercado de trabalho. As proporções das populações preta ou parda entre os desocupados e subutilizados são maiores do que elas representam na força de trabalho”, destaca Hallak.

Informalidade e rendimento

A informalidade também atinge mais pretos e pardos do que brancos. Em 2021, a taxa entre a população ocupada ficou em 40,1%, sendo 32,7% para os brancos, 43,4% para os pretos e 47% para os pardos.

Já o rendimento médio dos trabalhadores brancos (R$ 3.099) superava o de pretos (R$ 1.764) e pardos (R$ 1.814) em 2021.

Por hora, no ano passado, o rendimento médio dos ocupados brancos era de R$ 19. Já para os pretos era de R$ 10,9, e para os pardos, de R$ 11,3.

O estudo aponta que os rendimentos são maiores entre aqueles que têm maiores níveis de instrução, mas as diferenças por cor ou raça permanecem nesse recorte. As pessoas brancas com ensino superior completo ou mais ganharam em média 50% a mais do que as pretas e cerca de 40% a mais do que as pardas.

Levando em conta o rendimento de todas as fontes, incluindo trabalho, aposentadoria e pensão, o rendimento médio domiciliar per capita da população branca, de R$ 1.866, era quase o dobro do verificado entre a população preta (R$ 964) e parda (R$ 945), diferença que se mantém desde o início da série histórica, em 2012, aponta o IBGE.

Os rendimentos foram os mais baixos da série, com maior queda entre os pretos (-8,9%) e pardos (-8,6%). Entre os brancos, a redução de rendimento frente ao ano anterior foi de 6%.

Além disso, mais da metade (53,8%) dos trabalhadores do país em 2021 eram pretos ou pardos, mas esses grupos, somados, ocupavam apenas 29,5% dos cargos gerenciais, enquanto os brancos ocupavam 69% deles.

Na classe de rendimento mais elevada, somente 14,6% dos ocupados nesses cargos eram pretos ou pardos, enquanto entre os brancos essa proporção era de 84,4%.

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A taxa de desocupação no Brasil ficou em 8,7% no trimestre encerrado em setembro, de acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados nesta quinta-feira, 27 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado ficou em linha com a mediana (8,7%) das expectativas dos analistas ouvidos pelo Projeções Broadcast, que estimavam uma taxa de desemprego entre 8,5% e 8,8%.

Em igual período de 2021, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 12,6%. No trimestre encerrado em agosto de 2022, a taxa de desocupação estava em 8,9%.

A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.737 no trimestre encerrado em setembro. O resultado representa alta de 2,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 266,731 bilhões no trimestre até setembro, alta de 9,9% ante igual período do ano anterior, de acordo com o IBGE.

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) abriu novas vagas para a contratação de recenseadores na Bahia. Ao total, são 55 oportunidades de trabalho, sendo 54 para recenseadores e uma para supervisor agente censitário supervisor.

Todas as vagas são para o interior do estado, distribuídas em 12 cidades. O município com a maior demanda é Luís Eduardo Magalhães, no Oeste do Estado;

As cidades e o número de vagas para cada local, em parêntese, são: Simões Filho (4); Ibirapuã (3); Jucuruçu (2); Alcobaça (2); Nova Viçosa (1); Boquira (1); Itaberaba (8); Luís Eduardo Magalhães (27); Santa Luiza (3); Mascote (1); Arataca (1); e Alagoinhas (1).

A única cidade com vaga para agente censitário supervisor é Luís Eduardo Magalhães. O salário é de R$ 1.700 para trabalhar em 40 horas semanas.

Já os recenseadores não têm salário fixo, eles ganham por produtividade.

As vagas são divididas em três categorias: ampla concorrência; pessoas pretas e pardas; e pessoas com deficiência.

Para se inscreverem, os candidatos precisam ir até os postos físicos do IBGE em cada cidade.

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicou hoje (25) o edital para preencher vagas adicionais de agentes censitários temporários que atuarão no Censo 2022.

A previsão do certame é que os agentes cumpram as demandas pelo período de 5 meses, que poderão ser prorrogados de acordo com as atividades e com os recursos disponíveis pelo IBGE.

As inscrições para a seleção são gratuitas e podem ser efetuadas pelo site do instituto. Para agente censitário municipal, 119 vagas serão preenchidas. Para supervisor, 279 funcionários serão contratados. O IBGE exige, entre outras documentações, comprovante de conclusão do ensino médio e habilidades com planilhas digitais. Os salários vão de R$ 1,7 mil a R$ 2,1 mil, com auxílio transporte e auxílio alimentação. A Carga horária é de 8 horas diárias.

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O IBGE vai selecionar 206.891 servidores temporários para o Censo 2022, sendo 183.021 recenseadores, 18.420 agentes censitários supervisores (ACS) e 5.450 agentes censitários municipais (ACM).

Na Bahia, há um total de 14.173 vagas, sendo 1.202 para ACS, 486 para ACM e 12.485 para recenseadores.

Os recenseadores atuam diretamente na coleta das informações, entrevistando os moradores dos domicílios. Já o ACM gerencia o trabalho do posto de coleta, enquanto o ACS, subordinado ao ACM, tem como principal função orientar os recenseadores durante a execução dos trabalhos de campo.

Para ocupar as vagas de recenseador, é preciso ter o ensino fundamental completo. O profissional ganha por produção. Já ACS e ACM precisam ter o ensino médio completo, e os salários são de R$ 1,7 mil e R$ 2,1 mil, respectivamente.

Prova
Serão aplicadas neste domingo (10) as provas do processo seletivo simplificado do Censo Demográfico 2022. Os candidatos às vagas de recenseador farão a prova no período da manhã; e os candidatos a agente censitário municipal e agente censitário supervisor, no período da tarde.

O cartão de confirmação da inscrição com o local de prova estará disponível para consulta ainda nesta segunda (4), no site da Fundação Getúlio Vargas (FGV), empresa organizadora da seleção.

Dos 1,1 milhão de inscritos para o processo seletivo em todo o Brasil, 621.228 tiveram a inscrição confirmada, sendo 349.437 candidatos a recenseador e 271.791 candidatos a ACM/ACS. Há vagas em 5.297 municípios do país.

No dia da prova, os candidatos devem levar o comprovante de inscrição, um documento de identidade original com foto e caneta esferográfica de cor preta ou azul, fabricada em material transparente. O IBGE recomenda conhecer o local com antecedência e chegar pelo menos uma hora antes do início da prova.

Os candidatos deverão seguir os protocolos sanitários contra a Covid-19 estabelecidos por cada município e informados no cartão de confirmação da inscrição. Quem descumprir as orientações previstas no edital será eliminado/a do processo seletivo.

A prova para recenseador será aplicada às 9h (horário de Brasília) e terá três horas de duração. Será uma prova objetiva, de caráter eliminatório e classificatório, com 50 questões.

Já os candidatos a ACM e ACS farão as provas no período da tarde. Elas serão aplicadas às 14h30 (horário de Brasília) e terão duração de três horas e trinta minutos. O exame terá 60 questões.

Os gabaritos preliminares serão divulgados no dia seguinte à aplicação das provas, na segunda (11), no site da FGV. O resultado final está previsto para 20 de maio.

Levantamento
A partir de 1º de agosto, cerca de 213 milhões de habitantes, em pouco mais de 70 milhões de domicílios, serão visitados pelos recenseadores nos 5.570 municípios do país.

O Censo revelará as características dos domicílios, identificação étnico-racial, nupcialidade, núcleo familiar, fecundidade, religião ou culto, deficiência, migração interna ou internacional, educação, deslocamento para estudo, trabalho e rendimento, deslocamento para trabalho, mortalidade e autismo.

Realizada a cada dez anos, a pesquisa é a principal fonte de referência sobre as condições de vida da população em todos os municípios do país.

Publicado em Bahia
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