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Família contesta decisão do Inema de desocupar o Alto do Andu em meio à disputa judicial

Família contesta decisão do Inema de desocupar o Alto do Andu em meio à disputa judicial

A casa de shows conhecida como Alto do Andu está passando por um processo de desocupação nesta terça-feira (22) por parte do Governo da Bahia, via Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema). A área é alvo de um processo judicial que está em andamento. A família questiona a ação realizada nesta manhã.

A decisão mais recente do caso é do dia 4 de março de 2022, quando a Justiça abriu um prazo para o Governo do Estado se manifestar, no âmbito do processo, sobre documentos recentes apresentados pelas partes, não cabendo demolição ou qualquer intervenção física na área.

Ao chegar ao local nesta terça, o Inema apresentou uma decisão anterior, datada em 21 de março de 2012. No documento, já sem efeito, o juiz Manoel Ricardo Calheiros julga procedente a declaração do Direito de Propriedade do Estado da Bahia sobre a área em questão. Para a demolição, o Inema afirmou ter por base uma ação administrativa, de novembro de 2021.

A situação tem se estendido ao longo de todo o dia. Após a chegada das equipes do Inem, a família acionou a Justiça por meio de um mandado de segurança, do qual aguarda resposta. A operação de demolição, que durante a manhã chegou a derrubar uma cerca-viva no local, está suspensa por ora.

O Inema afirma que a operação tem como foco a preservação do Parque Metropolitano de Pituaçu, onde a casa de shows estaria instalada. A propriedade do terreno, que o Estado alegar pertencer à "Área D" do Parque, é alvo de uma disputa judicial que se arrasta judicialmente há alguns anos.

Além de técnicos do Inema, a operação conta com o auxílio da Superintendência de Patrimônio – SUPAT/SAEB e com o apoio da Polícia Militar da Bahia (PMBA).

O parque
Criado pelo Decreto Estadual nº 23.666, de 4 de setembro 1973, com 493 hectares, o Parque Metropolitano de Pituaçu abrange hoje uma área de 392 hectares de área preservada, onde já foi catalogada uma grande diversidade de mamíferos, aves, répteis, anfíbios e peixes.

Remanescente da Mata Atlântica, Pituaçu é um dos raros e mais belos parques ecológicos brasileiros situados na área urbana. Ele tem uma infraestrutura que permite, ao mesmo tempo, o uso pela população e a preservação do espaço, que é a maior área verde de uso público de Salvador.

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  • MP-BA recomenda que Prefeitura de Salvador não libere acesso e uso de 'passarela' montada para ambulantes no carnaval

    O Ministério Público da Bahia (MP-BA) recomendou nesta quinta-feira (1º), que a Prefeitura de Salvador não libere o acesso e o uso da estrutura de passarelas montada para os ambulantes, na Barra, parte do Circuito Dodô (Barra-Ondina), que é atualmente o principal espaço da folia.

    O MP-BA também recomendou que a estrutura também não seja usada nos eventos de pré-carnaval, “Fuzuê” e do Furdunço”, que acontecerão no sábado (3) e domingo (4), respectivamente.

    O g1 entrou em contato com a Prefeitura de Salvador e aguarda posicionamento sobre o caso.

    De acordo com o MP-BA, a promotora de Justiça Cristina Seixas Graça pede que a passarela não seja liberada até que o alvará tenha sido expedido e que órgãos técnicos deem pareceres técnicos, atestando a segurança para trabalhadores e pessoas.

    A promotora de Justiça recomenda ainda que, mesmo quando os órgãos liberarem o uso das estruturas, se observem todas as medidas recomendadas para a garantia da segurança de trabalhadores e pessoas que circulem por ela durante as festas.

    Pede ainda que a prefeitura garanta tanto durante a instalação das passarelas quanto durante o uso, a salvaguarda das balaustradas, “notadamente aquelas situadas no trecho do Porto da Barra ao Morro do Cristo, diante da sua importância para o patrimônio histórico e cultural de Salvador”, evitando qualquer tipo de degradação.

    Cristina Seixas recomenda ainda que, caso as passarelas venham a ser utilizadas após as análises dos órgãos , o Município encaminhe relatório da fiscalização que será realizada durante o uso da estrutura, no período do Carnaval.

    O Ministério Público informou que a recomendação levou em consideração pareceres técnicos favoráveis ao tombamento das balaustradas da Barra. Foram consideradas ainda vistorias realizadas pelo órgão, por meio do Núcleo de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultura (Nudephac), na terça-feira (30), e da Central de Apoio Técnico (Ceat), na quarta (31), que detectaram irregularidades da estrutura da plataforma que está atrelada a balaustrada.

    Ambulantes questionam segurança

    Vendedores ambulantes ouvidos pela TV Bahia têm demonstrado preocupação quanto à segurança da "passarela". Eles afirmam que não se sentem confiantes com a estrutura e apontam supostas falhas, como a ausência de ferros presos à parede. Os fixadores estão na areia.

    Segundo Jaylton Figueiredo, engenheiro contratado pela prefeitura e responsável pelo projeto, não há riscos. Ele explicou que um sistema de parafusos fixados à contenção de pedras ainda será implantado. Isso deve reforçar a estrutura que tem 5,40 metros de largura.

    Desse total,

    3,20m são para os ambulantes e seus grandes isopores
    2,20m são para o "contraforte", espaço extra que funcionará como reforço da estrutura.

    Como anunciado anteriormente, no máximo 400 ambulantes usarão o trecho. O acesso será pela areia e aqueles vendedores com dificuldades de mobilidade serão alocados em outros espaços do circuito.

    Apesar dos esclarecimentos, o Ministério Público interviu. O órgão pede a revisão de todos os pontos de apoio e ancoragem na própria contenção como reforço para evitar o "giro" da estrutura.

  • Daniel Alves muda versão de caso do estupro e dirá que estava bêbado

    Preso provisoriamente desde janeiro de 2023 no Centro Penitenciário de Brians 2, a cerca de 40km de Barcelona, Daniel Alves já foi preparado para mudar de versão pela quinta vez no caso do estupro.

    Durante o julgamento, que acontecerá em fevereiro, o jogador dirá que estava bêbado e que não se lembra do episódio, apontou reportagem do portal Uol.

    A defesa do jogador já tentou em três recursos diferentes conseguir a liberdade até o julgamento. Alves disse inicialmente que não conhecia a mulher que o acusa de estupro, em uma boate de Barcelona, em dezembro de 2022.

    Posteriormente, o jogador disse que entrou no banheiro com a mulher que o acusa, mas que nada aconteceu. Em seguida, afirmou que houve apenas sexo oral e, por último, admitiu que houve penetração, mas com consentimento.

    A acusação pede 12 anos de prisão para Daniel Alves, que é a pena máxima prevista.

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