Falta de energia causa perdas de R$ 126 milhões ao comércio paulista
O comércio na região metropolitana de São Paulo pode ter deixado de arrecadar até R$ 126 milhões devido à falta de energia desde a última sexta-feira (3), quando uma tempestade atingiu a região, estimou a Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Até a manhã desta terça-feira (7), 200 mil imóveis ainda estavam sem energia.
A estimativa é baseada no volume movimentado diariamente na Grande São Paulo. Na avaliação do economista da ACSP Ulisses Ruiz de Gamboa, o prejuízo se dá, principalmente, por reduções nas compras imediatas e por impulso dos consumidores, resultado das restrições no fluxo de clientes.
No total, foram 2,1 mil imóveis afetados pela falta de energia desde a tempestade, informou a concessionária Enel.
Segundo a Associação de Bares e Restaurantes (Abrasel), , até a manhã de ontem (6), 15% dos estabelecimentos afetados ainda estavam sem energia na capital. Em 23,4% dos estabelecimentos do setor, a Enel demorou mais de 24 horas para restabelecer a energia, e 46,8% dos responsáveis alegam que tiveram prejuízos de leves a moderados por causa da falta de luz.
Quase metade (49%) dos estabelecimentos considerou insatisfatória a resposta da Enel sobre o restabelecimento da energia no estado.
São Paulo ganha R$ 87,7 milhões com o título da Copa do Brasil
A conquista da Copa do Brasil no domingo, na final contra o Flamengo, foi positiva em diversos aspectos para o São Paulo. Além do feito esportivo e da festa vista nas arquibancadas do Morumbi e na capital paulista, o título rendeu ao clube o prêmio de R$ 87,7 milhões. O valor deve ser usado para ajustes de contas desta e da próxima temporada.
Somente a vitória na final rendeu ao clube a cifra de R$ 70 milhões. A soma alcança R$ 87,7 milhões, somando o que o clube embolsou por avançar nas outras fases da competição. A premiação é cumulativa.
O título do torneio mata-mata também garante ao São Paulo outros milhões, uma vez que o clube está garantido na Supercopa do Brasil e na fase de grupos da próxima edição da Copa Libertadores. Tomando por base os valores distribuídos pela CBF e pela Conmebol em 2023, a equipe tricolor poderá embolsar pelo menos R$ 20 milhões (R$ 5 milhões, pela Supercopa, em que medirá forças com o campeão brasileiro, e US$ 3 milhões no torneio continental, R$ 15 milhões na cotação atual).
Não é segredo que o São Paulo vive uma crise financeira, como muitos outros clubes do futebol brasileiro. De acordo com o balanço divulgado em 2022, apesar do recorde de arrecadação e de ter conseguido um superávit de cerca de R$ 37 milhões, o clube do Morumbi fechou a temporada devendo cerca de R$ 590 milhões.
Além disso, durante este ano, algumas vezes foi noticiado, e confirmado por parte da diretoria, que existiam valores em aberto com o elenco, provenientes da parte de direitos de imagem acordada nos contratos. O clube não tinha como pagar. Desta forma, parte da premiação do título da Copa do Brasil, e também da bilheteria da partida contra o Flamengo no Morumbi, deve ser usada para quitar todas as dívidas com os jogadores que conquistaram o primeiro título da competição para o clube. A intenção do presidente é não levar pendências financeiras para o próximo ano.
Outro ponto que a premiação pode ajudar é na engenharia financeira que o São Paulo terá de fazer para tentar manter Lucas Moura em 2024. Contratado no período de transferências do meio do ano e fundamental na semifinal da Copa do Brasil contra o Corinthians no Morumbi, o jogador tem contrato até dezembro e não sabe se fica. O presidente Julio Casares já afirmou que o time precisará ser ousado dentro do seu limite financeiro para que o craque permaneça.
Com o título deste domingo, o São Paulo já se garantiu na próxima edição da Copa do Brasil e também na Libertadores, que o time não disputa desde 2021. Desta forma, o orçamento para 2024 será maior e o clube passa a ter mais possibilidades financeiras para manter o atleta no elenco de Dorival Júnior. Novos patrocinadores podem se aproximar e, certamente, o estádio estará lotados nas próximas partidas do Brasileirão.
Olhando para o time campeão neste domingo, o dinheiro da premiação pode ser usado para manter outro atleta em suas fileiras. Contratado por empréstimo do Fluminense para ser atacante, Caio Paulista foi solução para a lateral-esquerda no meio do primeiro semestre. Com a lesão de Wellington, ele teve sequência e se firmou como o titular da posição. Foi muito bem na partida contra o Fla no Maracanã, com boas jogadas pelo seu setor.
Ainda no meio da temporada 2023, o São Paulo chegou a sondar o clube carioca para a compra em definitivo do jogador e recebeu como resposta a estimativa de R$ 20 milhões para que a negociação fosse concretizada. A diretoria do clube do Morumbi entende a necessidade de ficar com Caio Paulista e buscará uma forma para adquirir o, agora, lateral.
Covid cresce em hospitais privados de SP, mas casos têm menor gravidade
Atendimentos a casos suspeitos de covid-19 aumentaram em oito em cada dez hospitais privados de São Paulo nos últimos dias, mas a maioria dos pacientes não precisou ser internada. Isso é o que aponta levantamento a ser divulgado nesta quarta-feira, 23, pelo Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Laboratórios do Estado de São Paulo (SindHosp).
Especialistas da área médica dizem que, até o momento, o avanço de casos tem sido marcado por quadros leves, mas reforçam a importância de completar o esquema vacinal e de adotar medidas como uso de máscara em locais fechados e de aglomeração. O País tem passado por uma nova onda de covid, impulsionada por subvariantes da Ômicron.
Ao todo, 90 hospitais privados de todo o Estado foram consultados pelo SindHosp entre os dias 11 e 21 deste mês. Desses, 77% ficam no interior e 23% na capital. Conforme o levantamento, 84% dos hospitais notificaram aumento nos atendimentos de pessoas com suspeita de covid ao longo dos últimos dias.
Entre esses hospitais, a maioria (39%) relatou alta de 21% a 30% nos atendimentos a pacientes com esse perfil. Em 31%, esse crescimento ficou entre 11% e 20%. Outras 21% dessas instituições registraram crescimento de até 20%, enquanto em 9% a variação foi superior a 31%.
Ainda com o avanço de atendimentos, a maior parte dos hospitais (73%) relata que o aumento de pacientes hospitalizados foi menor que 5% tanto em leitos de UTI como em leitos clínicos. Em 18%, essa alta ficou entre 6% a 10%. Em apenas 9% deles o crescimento foi superior a 11%.
Cuidados
Presidente do SindHosp, o médico Francisco Balestrin afirma que a maior circulação do coronavírus de fato ocorre neste momento, o que demanda atenção para cuidados sanitários. "No entanto, o volume de internações ainda é baixo", pondera.
"Avaliamos que os casos evoluem sem gravidade, não necessitando de internação hospitalar", destaca Balestrin. "Mas ratificamos a necessidade de que a população use máscara em locais com aglomerações e mantenha o protocolo de segurança à saúde, com a lavagem de mãos, e cumpra o calendário de vacinação."
Infectologista do Hospital Sírio-Libanês, Mirian Dal Ben aponta que, especialmente nas últimas duas semanas, a instituição tem observado um "aumento importante no número de casos". "A expectativa é de que a gente atinja o pico (de casos) na primeira semana de dezembro", aponta. Segundo ela, o número de internações não tem subido em igual proporção, mas ainda assim exige uma reorganização.
"Os hospitais estão tendo de se reorganizar para conseguir atender a essa demanda de pacientes que estão precisando ser internados", diz ela. Há atualmente 50 pacientes internados com diagnóstico de covid no Sírio-Libanês, sendo 32% em leitos de terapia intensiva. Aumentou cinco vezes em relação à primeira semana de novembro. "Estão sendo internados muitos pacientes sem a dose de reforço, principalmente idosos", aponta a médica, que reforça a necessidade de a população tomar as doses adicionais.
Ela alerta ainda que outros grupos estão sendo afetados. "Outra população que tem procurado muito o pronto-socorro e internado também são as crianças, principalmente as que ainda não estão vacinadas", complementa. A imunização do público-alvo de 6 meses a 2 anos começou apenas na semana passada no País.
"Parece um cenário de menor gravidade do que a gente já tinha visto com a Ômicron (em janeiro), mas se vai ser mais brando ainda do que as últimas ondas a gente ainda não sabe", aponta Daniela Bergamasco, infectologista do HCor, que relembra que, em outras ondas, o aumento de casos veio antes do aumento de internações.
Para ela, os motivos que ajudam a explicar as internações mais graves não estarem subindo tanto podem ir desde os efeitos de uma maior cobertura vacinal a outros fatores, como características ainda desconhecidas das novas subvariantes.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Mãe de Cesar Tralli morreu em acidente aéreo no interior de São Paulo
A mãe do jornalista Cesar Tralli, Edna Tralli, morreu em um acidente aéreo no domingo (9). A esposa de Tralli, a apresentadora Ticiane Pinheiro, divulgou mais cedo a morte da sogra. Tralli ficará os próximos dias afastado do trabalho.
"A Globo se solidariza com o jornalista Cesar Tralli por conta da perda de sua mãe em um acidente aéreo. Nos próximos dias, ele será substituído por Alan Severiano no 'Jornal Hoje' e por Leilane Neubarth no 'Edição das 18h', da GloboNews", disse a emissora em nota.
A aeronave em que Edna estava era de pequeno porte e caiu em uma represa na cidade de Paranapanema, em São Paulo. Além de Edna, o piloto, um homem de 78 anos, também morreu no acidente. Edna tinha 74 anos.
O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) foi até o local do acidente para fazer a perícia.
Família lamenta perda
"Vá em paz, sogrinha. Já estou com saudades do seu abraço, do seu carinho, das nossas conversas, do seu amor. Te amarei para sempre. Que Deus te receba de braços abertos", escreveu Ticiane, no Instagram.
Rafaella Justus, filha de Ticiane com Roberto Justus, também homenageou Edna. "Pense em uma mulher de coração gigante, que não arruma intriga, é superamorosa e uma superavó. Essa era ela, Edna Tralli, a avó que a vida me deu. Tive o privilégio enorme de conviver com você e aprender tanto! Me despedir assim do nada foi muito difícil, estou sentindo muito a sua falta já. Descanse em paz, minha fada madrinha. Te amo e sempre te amarei do fundo do meu coração, onde quer que você esteja. Obrigada por tudo".
Primeiro caso de varíola dos macacos no Brasil é confirmado em São Paulo
Foi confirmado o primeiro caso de varíola dos macacos no Brasil. Trata-se de um paciente de 41 anos, da cidade de Sâo Paulo, que viajou recentemente à Espanha. A confirmação aconteceu nesta quarta-feira (8).
Além do caso confirmado, a Prefeitura de São Paulo também monitora, de acordo com o g1, uma mulher de 26 anos, hospitalizada com suspeita de ter contraído a doença. Segundo o prefeito Ricardo Nunes (MDB), a paciente passa bem.
Além desse caso suspeito em São Paulo, o Ministério da Saúde informou, nesta segunda-feira (6), que sete casos estão em investigação nos estados de Santa Catarina, Ceará, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul e Rondônia.
Segundo a pasta, os pacientes "seguem isolados e em recuperação, sendo monitorados pelas equipes de vigilância em saúde. A investigação dos casos está em andamento e será feita coleta para análise laboratorial".
Avião cai e sete pessoas morrem no interior de São Paulo
As sete pessoas que estava na aeronave King Air 360 que caiu em Piracicaba, interior de São Paulo, na manhã desta terça-feira (14), morreram. Além dos dois tripulantes, os cinco passageiros, todos da mesma família, tiveram os corpos carbonizados e vieram a óbito ainda no local.
Dentre estas estava o empresário Celso Silveira Mello Filho, que era sócio da empresa Raízen (referência internacional em bioenergia), acionista da Cosan (um dos maiores conglomerados sucroalcooleiros do mundo) e ex-presidente do clube de futebol XV de Piracicaba.
Em nota, a Raízen confirmou a fatalidade. "Celso era acionista e irmão do presidente do Conselho de Administração da companhia, Rubens Ometto Silveira Mello."
Segundo a empresa, também estavam no avião a esposa de Celso, Maria Luiza Meneghel, seus três filhos, Celso, Fernando e Camila, o piloto Celso Elias Carloni e o copiloto Giovani Gulo.
Veja a lista de vítimas:
Celso Mello, empresário, 73 anos;
Maria Luiza Meneghel, esposa de Celso, 71 anos;
Camila Meneghel Silveira Mello Zanforlin, filha, 48 anos;
Celso Meneghel Silveira Mello, filho, 46 anos;
Fernando Meneghel Silveira Mello, filho, 46 anos;
Celso Elias Carloni, piloto, 39 anos;
Giovani Dedini Gulo, copiloto, 24 anos.
Acidente
A queda foi em uma área verde próximo à Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo (Fatec), no bairro Santa Rosa. Com a queda, teve início um incêndio na mata ao lado da Fatec.
Após atingir alguns eucaliptos durante a queda, a aeronave explodiu e teve início um incêndio na mata. Policiais e bombeiros foram enviados ao local para controlar as chamas e a área foi isolada.
Conforme testemunhas, o bimotor perdeu altura e acabou caindo em uma área de mata no bairro Santa Rosa, depois de se chocar com alguns eucaliptos.
A explosão causou um incêndio no local, que fica próximo à Faculdade de Tecnologia.
Equipes do Corpo de Bombeiros encontraram o avião em chamas e constataram que não havia sobreviventes.
Mesmo assim, equipes do Samu estiveram no local. A área da queda fica atrás de um condomínio residencial.
O delegado do 5º Distrito Policial, Fábio Rizzo de Toledo, acompanhou as buscas a possíveis sobreviventes. Segundo ele, o avião havia decolado do Aeroporto de Piracicaba e caiu logo em seguida, por volta das 9 horas.
Toledo disse que serão necessários exames para a confirmação da identidade das vítimas e a liberação dos corpos, já que os corpos ficaram carbonizados. A Polícia Civil vai apurar em inquérito as causas do acidente.
A Força Aérea Brasileira (FAB) informou, em nota, que o Quarto Serviço Regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) foi acionado e já enviou uma equipe de peritos para o local em que a aeronave de matrícula PS-CSM se acidentou.
"Na ação inicial, os investigadores investigam indícios, fotografam cenas, retiram parte da aeronave para análise, ouvem relatos de testemunhas e reúnem documentos." Conforme o órgão, a conclusão das investigações terá o menor prazo possível.
A morte do empresário, membro de uma família que é referência no agronegócio brasileiro, causou grande repercussão em Piracicaba. Além de acionista da Cosan, Celso era irmão do presidente do Conselho de Administração da Cosan, Rubens Ometto Silveira Mello.
O prefeito Luciano Almeida (DEM), que esteve no local do acidente, informou que decretaria luto oficial. Com informações do Estadão Conteúdo.
Doria: Testes da Butanvac devem começar este mês; 6 países querem importar vacina
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta segunda-feira (14), que os testes clínicos da vacina Butanvac, imunizante contra a covid-19 desenvolvido pelo Instituto Butantan, devem começar até o fim deste mês e que já há seis países da América Latina interessados na importação da vacina, caso ela seja aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) após a conclusão dos estudos.
Na semana passada, a Anvisa autorizou o início dos testes clínicos da Butanvac. Nessa etapa, o imunizante, que já foi testado em laboratório, passa a ser aplicado em seres humanos. De acordo com Doria, os testes devem começar até o fim deste mês, iniciando pelo município de Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, por meio da Universidade de São Paulo (USP).
A Butanvac é uma das vacinas desenvolvidas pelo Brasil. Outros imunizantes também estão sendo testados em universidades federais brasileiras, mas esbarram na escassez de verbas, conforme mostrou o Estadão. As vacinas brasileiras são uma aposta diante da eventual necessidade de revacinar toda a população brasileira contra a covid-19 no ano que vem.
Segundo Doria, as três fases de testes clínicos devem ser concluídas em 120 dias. Depois disso, os dados são submetidos a uma nova avaliação pela Anvisa. Já há 7 milhões de vacinas da Butanvac produzidas e estocadas. Serão feitas 18 milhões até o dia 31 de julho, segundo o governador, e 40 milhões até 30 de outubro.
"Tão logo a Anvisa faça a aprovação, São Paulo poderá disponibilizar 40 milhões de doses. Seja para completar a vacinação no Brasil, seja para a vacinação da nova etapa, a etapa 2022, quando precisaremos novamente ter a vacina", disse Doria, após um evento para lançar um programa de distribuição de absorventes nas escolas.
O governador afirmou ainda que a Butanvac será oferecida para compor o Plano Nacional de Imunizações (PNI) se o Ministério da Saúde desejar. "Se não desejar, São Paulo vai usar na sua própria vacinação e vai exportar também. Temos seis países da América Latina que já solicitaram ao Butantan. Tão logo tenhamos a aprovação, eles têm interesse na aquisição, com vista ao novo processo vacinal do ano que vem." Doria não detalhou quais são os seis países interessados no imunizante.
Segundo o governador, "vários Estados e cidades" também manifestaram interesse na aquisição da Butanvac, caso ela se mostre eficaz. Entre os Estados, há oito interessados. A Butanvac custará, segundo Doria, R$ 10 por dose, quatro vezes menos do que a Coronavac, imunizante desenvolvido pela farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Butantan.
Rosa Weber determina que o governo federal reative leitos de UTI para Covid-19 em São Paulo, no Maranhão e na Bahia
A ministra Rosa Weber, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o governo federal reative leitos de UTI para tratamento de Covid-19 nos estados de São Paulo, do Maranhão e da Bahia.
A ministra atendeu a pedidos feitos pelos três estados. A decisão é liminar, por isso ainda pode ser revista. Mas o governo federal já é obrigado a cumprir determinação.
Em nota divulgada neste domingo (28), o Ministério da Saúde disse que o pedido feito pelos estados é "injusto e desnecessário". A pasta negou a "desabilitação ou suspensão do pagamento de leitos", que, segundo o ministério, tem sido feito conforme demanda dos governadores. O MS cita ainda medida provisória publicada na última quinta-feira (25) que libera R$ 2,8 bilhões à União para, entre outras ações, custeio de leitos (veja a íntegra da nota ao final desta reportagem).
São Paulo, Maranhão argumentaram em ações no STF que, desde janeiro, o governo federal desativou leitos de UTI para Covid-19 que mantinha nos estados. Weber ordenou que a União volte a financiar a mesma quantidade de leitos que financiava em dezembro de 2020.
São Paulo afirmou que em dezembro de 2020 tinha 3.822 leitos na rede estadual mantidos pela União. E que, em fevereiro de 2021, esse número caiu para 564.
No caso do Maranhão, o estado apontou que União desativou os 216 leitos que mantinha no estado em dezembro.
A Bahia também argumentou que teve leitos fechados e pediu a reabertura de 462, reivindicação atendida pela ministra.
Nas decisões, Rosa Weber escreveu que não é "cientificamente defensável" diminuir a quantidade de leitos num momento de alta no número de casos.
"Portanto, é de se exigir do governo federal que suas ações sejam respaldadas por critérios técnicos e científicos, e que sejam implantadas, as políticas públicas, a partir de atos administrativos lógicos e coerentes. E não é lógico nem coerente, ou cientificamente defensável, a diminuição do número de leitos de UTI em um momento desafiador da pandemia, justamente quando constatado um incremento das mortes e das internações hospitalares", afirmou a ministra.
Rosa Weber ainda lembrou que o Brasil contabiliza mais de 250 mil mortes por Covid-19. Ela disse que a demora na aplicação de recursos públicos contra a doença pode multiplicar o número de óbitos.
"Afigura-se, ainda, o perigo da demora, que se revela intuitivo frente aos abalos mundiais causados pela pandemia e, particularmente no Brasil, diante das mais de 250 mil vidas vitimadas pelo vírus espúrio. O não endereçamento ágil e racional do problema pode multiplicar esse número de óbitos e potencializar a tragédia humanitária. Não há nada mais urgente do que o desejo de viver", concluiu.
O Brasil registrou nos últimos sete dias terminados no sábado (27) a pior média móvel de mortes na pandemia, 1.180. Em meio à disparada de casos, diversos estados e o Distrito Federal decidiram intensificar medidas de isolamento social.
Redução de leitos
A ministra do STF também citou, na decisão, informação do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), segundo a qual, em janeiro de 2021, havia 7.017 leitos financiados pelo Ministério da Saúde nos estados. Em fevereiro deste ano, o número caiu para 3.187.
Em dezembro de 2020, segundo a informação citada por Rosa Weber, eram 12.003 leitos habilitados financiados pela pasta.
Na última quinta-feira (25), o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, disse que a transferência de pacientes de estados que enfrentam lotação de UTIs para outras unidades da federação será uma das estratégias a ser utilizada no enfrentamento do que chamou de "nova etapa" da pandemia.
Sobre a situação dos estados e a possibilidade de transferência de pacientes, o presidente do Conass, Carlos Lula, afirmou no mesmo dia que "todo mundo está no seu limite". E acrescentou que quase todos os estados receberam recentemente pacientes do Amazonas, estado em que foi registrado um colapso do sistema de saúde.
Para tentar aumentar a disponibilidade, o Ministério da Saúde anunciou na última quinta-feira diretrizes para simplificar o processo de abertura de leitos. Segundo a pasta, as novas regras para autorização foram negociadas entre Pazuello e representantes das secretarias de saúde dos estados e dos municípios.
Nota
Veja a íntegra da nota encaminhada pela assessoria do Ministério da Saúde:
O Ministério da Saúde informa que não houve, em nenhum momento, desabilitação ou suspensão de pagamentos de leitos de UTI para tratamento de pacientes da Covid-19. Os pagamentos têm sido feitos conforme demanda e credenciamento dos governos dos estados. Ressalta-se que conforme pactuação tripartite do Sistema Único de Saúde, a abertura e viabilização física dos leitos cabe aos gestores estaduais e municipais, cabendo ao Governo Federal o custeio das estruturas - no caso dos leitos Covid-19, com valor de diária dobrada, no valor de R$ 1.600.
Com o objetivo de continuar apoiando os estados no combate à pandemia, o Ministério da Saúde solicitou, em janeiro, crédito extraordinário no valor de R$ 2,8 bilhões à União a fim de custear ações de enfrentamento ao vírus, sobretudo a continuidade do custeio de leitos.
O recurso, liberado por meio de Medida Provisória assinada pelo presidente Jair Bolsonaro na última quinta-feira (25/2), será repassado aos estados demandantes para pagamento de leitos em uso desde o mês de janeiro pelas unidades federadas.
Cabe lembrar, ainda, que conforme pactuado na última reunião da Comissão Intergestores Tripartite, o Ministério da Saúde resolveu simplificar o processo de autorização para abertura de leitos de UTI destinados a pacientes da Covid-19.
As novas regras estabelecem que os leitos de UTI Covid-19 autorizados pelo Ministério não precisarão mais de prorrogação – eles poderão seguir operando até o final da pandemia. Além disso, o custeio dos leitos será feito de forma integral pelo Ministério da Saúde através de repasses mensais, e não mais com a antecipação de verbas.
Desta forma, o pedido solicitado à nobre ministra é injusto e desnecessário, uma vez que o SUS vem cumprindo com as suas obrigações. Cabe, portanto, a cada governo fazer a sua parte.
Acidente entre ônibus e caminhão deixa 41 pessoas mortas em SP
Um acidente entre um ônibus e um caminhão deixou 41 pessoas mortas e mais uma dezena de feridos na manhã desta quarta-feira (25) na Rodovia Alfredo de Oliveira Carvalho, no interior de São Paulo.
A batida aconteceu por volta das 6h45, segundo o Corpo de Bombeiros. O ônibus levava funcionários de uma empresa têxtil para o trabalho quando aconteceu a batida, na região da cidade de Taguaí.
Quinze pessoas foram socorridas para hospitais da região, mas o trabalho de resgate continua. "Temos um ônibus que transportava 53 pessoas de uma empresa. Ele colidiu com um caminhão. Não temos dados precisos, porque é um local de difícil acesso. Mas acreditamos que tenha cerca de 22 a 25 vítimas fatais. 15 pessoas já foram socorridas para hospitais da região e outras vítimas estão recebendo socorro, porque ficaram presas nas ferragens", afirmou o tenente Alexandre Guedes, porta-voz da Polícia Militar, à GloboNews.
Duas pistas tiveram fluxo de trânsito interrompido por conta do acidente e do trabalho de resgate.
Segundo o Uol, os funcionários do ônibus eram da empresa Stattus Jeans. A região tem muitas fábricas têxteis e os ônibus costumam buscar empregados que moram em cidades próximas para levar ao trabalho. A empresa não respondeu a tentativas de contato.
A Prefeitura de Taguaí decretou luto oficial de três dias por conta do acidente. "Hoje a cidade amanheceu com a triste notícia de um acidente envolvendo um caminhão e um ônibus com trabalhadores de confecção que vinham de Itaí e Taquarituba para Taguaí. Informações mais detalhadas ainda estão sendo apuradas pelos órgãos competentes. Externamos nossos sinceros sentimentos às famílias, amigos, à empresa e colegas de trabalho destes que se foram. Dia triste", diz comunicado publicado nas redes sociais.
PF da início a nova fase da Lava Jato em Salvador, Fortaleza e São Paulo
Uma nova fase da operação Lava Jato começou nesta sexta-feira (16) em Fortaleza, São Paulo e Salvador. Batizada de "Marquetagem", a ação cumpre nas cidades citadas 17 mandados de busca e apreensão expedidos pela Justiça Eleitoral da capital cearense. A investigação é de crimes relacionados a suposto caixa 2 de R$ 25 milhões delatado por executivos da J&F, de Wesley e Joesley Batista.
A investigação teve início em 2018, com colaboração premiada de executivos do grupo. A ação de hoje busca levantar mais provas em relação a suspeita de condutas ilícitas de políticos e empresários envolvidos na liberação de créditos tributários do Programa de Incentivo às Atividades Portuárias e Industriais do Ceará (Proapi). O crédito seria liberado em troca de propina.
Os pagamentos, totalizando R$ 25 milhões, teriam ocorrido por meio da simulação da prestação de serviços publicitários e do uso de notas fiscais frias, bem como através de doações oficiais para campanhas eleitorais nos anos de 2010 e 2014. Entre os alvos das medidas estão empresas de propaganda e marketing que teriam sido usadas para recebimento das propinas, segundo informações de Fausto Macedo, do Estadão.
Os investigados poderão responder pelos crimes de falsidade ideológica eleitoral, corrupção, lavagem de dinheiro e integrar organização criminosa.
“A operação foi batizada de Marquetagem, em alusão ao significado do termo que define o uso da publicidade distantes dos valores éticos”, afirmou a PF em nota.