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No primeiro dia do projeto piloto de testagem contra a covid-19 nas escolas públicas de Salvador, 530 alunos e funcionários das redes estadual e municipal foram testados. No total, serão 180 mil pessoas a terem amostras coletadas nos colégios baianos, nos próximos três meses. Até agora, 240 dos 417 municípios da Bahia aderiram à campanha, fruto do projeto Partiu! #Testagem nas Escolas, coordenado pela Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde da Salvador (SMS).

Foi no Colégio Estadual Eduardo Bahiana, no bairro de Fazenda Grande II, que a coleta começou, nesta segunda-feira (18). Segundo a diretora, Ivani Almeida, 215 pessoas foram testadas na escola nesta segunda, pela manhã, e outras 315 pela tarde. A merendeira Gersonita Melo, 57, foi uma delas. “Nunca peguei covid. Já teve até meu amigo, que teve lá em casa, que pegou, mas, toda vez que faço o teste, dá negativo. Fé em Deus vai dar negativo dessa vez, de novo”, relata Gersonita, que trabalha no colégio há 11 anos.

Durante o período em que o amigo dela se infectou, ela ficou 14 dias afastada do trabalho. Esse também é o protocolo a ser adotado nesse projeto. Segundo a SMS, além do afastamento dos casos positivos, haverá um monitoramento dos contactantes diretos. As escolas ainda devem coletar dados da comunidade, diariamente, a partir da checagem de uma lista de sintomas. Nenhuma família deve levar o aluno à escola com sintomas gripais.

CIRCULAÇÃO VIRAL

Não é preciso ter sintomas para fazer a coleta, pois o objetivo é medir a circulação da carga viral da covid-19, segundo o secretário municipal da saúde de Salvador, Leo Prates. “Houve uma preocupação das mães e pais com o volume de pessoas que estão dentro das unidades escolares. Por isso, é importante fazer o acompanhamento da circulação viral, por amostragem. É um estudo parecido com o inquérito epidemiológico que fizemos”, explica Prates.

A orientação das secretarias da saúde para o resto do público ainda é testar somente se houver sintomas. “Faremos esse trabalho somente nas escolas, que vivem um momento diferenciado em relação à cidade, porque, agora, a rede estadual também volta de forma 100% presencial”, esclarece o secretário. “Nosso objetivo é garantir a segurança dos alunos e trabalhadores da educação, tranquilizando os pais”, declara Leo Prates.

Inicialmente, somente os alunos acima de 13 anos serão testados, além dos funcionários. Até a próxima sexta-feira (22), os estudantes menores de 12 anos também serão contemplados. A amostra é aleatória. De acordo com a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), amostras de cerca de 20% da comunidade escolar serão coletadas. Ao todo, são 32.235 professores na rede estadual de ensino, na Bahia, além de 900 mil alunos. Na rede municipal de Salvador, são 163 mil estudantes e 7.600 professores.

O tipo de teste usado é o antígeno ou RT-PCR. Caso alguém teste positivo, um novo exame será feito para contraprova. Eles serão analisados pelo Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA). As equipes de epidemiologistas e sanitaristas visitarão uma escola pública diferente a cada dia. O roteiro é definido semanalmente. A próxima escola será no Distrito Sanitário de Brotas, na Escola Municipal Visconde de Cairu.

Roteiro completo:

18/10 - Colégio Estadual Eduardo Bahiana - DS Cajazeiras
19/10 - Escola Municipal Visconde de Cairu - DS Brotas
20/10 - Escola Municipal Iacy Vaz Fagundes - DS Barra/Rio Vermelho
21/10 - Colégio Estadual Luiz Fernando Macedo Costa - DS Cajazeiras
22/10 - Escola Municipal Maria Constância - DS Cabula/Beiru
Quase 43 mil adolescentes não tomaram 1ª dose

Além do #Partiu! Testagem nas Escolas, a secretaria municipal da saúde faz outra ação no ambiente escolar: a busca ativa dos alunos faltosos da vacinação contra a covid-19. De acordo com a SMS, são 42.639 adolescentes entre 12 e 17 anos que estão habilitados a se imunizar na capital baiana, mas que ainda não foram aos postos de saúde. Por isso, a secretaria está indo até eles.

“Estamos indo nas escolas, com algumas equipes volantes, vacinando os alunos que estão autorizados a vacinar pelo Ministério da Saúde. São quase 43 mil, em Salvador, entre 12 e 17 anos. Continuamos nessa busca ativa para garantir a segurança do ambiente escolar”, completa Leo Prates. Além dele, estiveram no início da mobilização, no colégio Eduardo Bahiana, a secretária da Saúde do Estado da Bahia, Tereza Paim, e o superintendente da Secretaria de Educação do Estado, Manoel Calazans.

Segundo o vacinômetro da SMS, são 2.127.887 soteropolitanos que tomaram uma dose ou a dose única na cidade. Isso corresponde a 73,3% dos habitantes. Já em relação a segunda dose, são 1.389.660 imunizados, ou seja, 50% da população. Os que tomaram a terceira dose, como idosos e trabalhadores da saúde, somam 122.465 pessoas.

 

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O período de testagens da comunidade escolar do Subúrbio Ferroviário de Salvador termina na próxima sexta-feira (25). Desde 31 de agosto o governo do estado tem aplicado testes RT-PCR em estudantes, professores e funcionários das unidades de ensino. A meta é finalizar a ação com mais de 30 mil testes nas 28 escolas da região.

“Nós fizemos a testagem com dois objetivos: um é para a gente compreender o comportamento da Covid-19 na nossa rede e começamos no primeiro bloco, há quatro meses, em Itajuípe, Uruçuca e Ipiaú; depois Ilhéus, Itabuna e Jequié. E agora pegamos Salvador, em uma região grande e popular. Os dados vão nos ajudar na tomada de decisão sobre o retorno do ano letivo, mesmo que ainda não tenhamos data definida. E o outro objetivo é cuidar, zelar pela nossa comunidade escolar e, consequentemente, de suas famílias, inclusive para que tenham o devido acompanhamento nos casos positivos”, explicou o secretário da Educação do estado, Jerônimo Rodrigues.

Nesta quarta-feira (23), a testagem segue nos Colégios Estaduais Lindenbergue Cardoso, em Praia Grande, e Monteiro Lobato, em Fazenda Coutos. A própria comunidade escolar das unidades foi atendida.

De acordo com a Secretaria da Educação (SEC), as testagens são feitas em parceria com a Secretaria da Saúde (Sesab), e todas as unidades foram preparadas com higienização do local e disponibilização de álcool em gel e pias com sabão para lavagem das mãos. Também foi exigido uso de equipamentos de proteção individual (EPI).

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