Quinta, 18 Abril 2024 | Login
Associação de médicos japoneses pede cancelamento de Tóquio-2020

Associação de médicos japoneses pede cancelamento de Tóquio-2020

Uma associação japonesa de médicos pediu nesta terça-feira (18) o cancelamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, adiados em um ano por causa da pandemia do novo coronavírus. Esta é mais uma entidade de classe do Japão que afirma que o evento esportivo pode agravar a situação sanitária já precária no país, atualmente afetado pela quarta onda de infecções da covid-19.

"Pensamos que cancelar um evento que tem o potencial de aumentar o número de infecções e de mortes é uma boa decisão", relatou em um comunicado oficial a associação, que tem quase seis mil integrantes.

Ao destacar que reservar leitos de hospital para os atletas não corresponderia à Carta Olímpica, a associação apela com veemência ao governo japonês, à cidade de Tóquio e ao Comitê Organizador dos Jogos de Tóquio-2020 que solicitem o cancelamento do evento ao Comitê Olímpico Internacional (COI).

Na semana passada, um sindicato de médicos que trabalham em hospitais do Japão considerou "impossível" organizar os Jogos Olímpicos com total segurança "no momento em que as pessoas no mundo inteiro lutam contra o novo coronavírus".

A 66 dias do evento, previsto para acontecer de 23 de julho a 8 de agosto, a população japonesa defende em sua maioria um novo adiamento ou o cancelamento, de acordo com todas as pesquisas. Mas o Comitê Organizador insiste que medidas de combate ao vírus muito rígidas e a proibição de torcedores procedentes do exterior permitirão que os Jogos Olímpicos aconteçam "com total segurança".

Além disso, os organizadores de Tóquio-2020 anunciaram nesta terça-feira que receberam 395 candidaturas de médicos do esporte e voluntários para ajudar, o dobro da estimativa inicial. Confirmaram também que no mês de abril solicitou os serviços de 500 enfermeiros japoneses para o evento, uma iniciativa que recebeu muitas críticas no Japão.

Relativamente menos afetado pela pandemia em comparação com outros países, com 11.500 mortes oficialmente registradas, o Japão sofre, no entanto, com um aumento de casos de covid-19, o que obrigou na semana passada o governo a ampliar o estado de emergência imposto em parte do país até o próximo dia 31.

O governo também é criticado pela lentidão de seu programa de vacinação, quando apenas pouco mais de 1% da população recebeu as duas doses do imunizante da Pfizer/BioNTech, a única autorizada até o momento no país.

Itens relacionados (por tag)

  • Com mais uma final, Brasil tem recorde de medalhas em Olimpíadas

    A vitória do Brasil diante da Coreia do Sul pela semifinal do vôlei feminino foi histórica. Com o resultado, o País bateu em Tóquio-2020 o recorde de medalhas em uma edição dos Jogos Olímpicos. A marca anterior havia sido conquistada na Olimpíada do Rio de Janeiro, em 2016, com 19 pódios.

    Nos Jogos de Tóquio, o Time Brasil já colocou 16 medalhas no peito (quatro ouros, quatro pratas e oito bronzes) e tem mais quatro pódios garantidos. São duas finais no boxe, com Bia Ferreira e Hebert Souza, o futebol masculino, que decide o ouro diante da Espanha, e, claro, o vôlei feminino contra os Estados Unidos.

    Esse número ainda pode aumentar, já que o hipismo brasileiro está na final por equipes dos saltos, e Isaquias Queiroz tem boas chances de conquistar uma medalha na canoa individual, prova de 1.000m. Ele é um dos favoritos e já garantiu a prata nos Jogos Olímpicos do Rio-2016.

    Até o momento, o Brasil conquistou ouro com o surfista Italo Ferreira - primeiro campeão olímpico da modalidade -, a ginasta Rebeca Andrade, no salto, a dupla Martine Grael e Kahena Kunze - bicampeãs olímpicas na classe 49erFX da vela-, e Ana Marcela Cunha, na maratona aquática.

    No individual geral, a atleta da ginástica artística Rebeca Andrade também conquistou a prata, assim como os skatistas Kelvin Hoefler, Pedro Barros e Rayssa Leal.

    O bronze veio com os nadadores Fernando Scheffer e Bruno Fratus, os judocas Daniel Cargnin e Mayra Aguiar, Alison dos Santos e Thiago Braz no atletismo, a dupla de tenistas Laura Pigossi e Luisa Stefani e no boxe com Abner Teixeira.

  • Tóquio bate novo recorde de casos diários de covid em meio às Olimpíadas

    Em meio às Olimpíadas, a capital do Japão e sede dos Jogos, Tóquio, registrou pelo terceiro dia consecutivo um novo recorde de casos de covid-19 em um só dia desde o início da pandemia. Nesta quinta-feira, 29, foram 3.865 pessoas infectadas com o novo coronavírus em últimas 24 horas. Na quarta-feira, 28, foram 3.177 pessoas diagnosticadas com a doença.

    "Nunca experimentamos um aumento nas infecções dessa magnitude", disse o chefe de gabinete do governo, Katsunobu Kato, conforme noticiou a Associated Press. Novos casos não dispararam apenas em Tóquio, mas em todo o país, observou ele.

    O Japão manteve seus números de casos e mortes abaixo de muitos outros países, mas sua média de sete dias está subindo e é de 28 por 100 mil pessoas em todo o país e 88/100 mil em Tóquio, de acordo com o Ministério da Saúde.

    Diante do aumento de casos no mundo, impulsionados pela disseminação da variante Delta, identificada pela primeira vez na Índia, a China montou estações para aumentar os testes de trabalhadores em portos chineses, depois de uma onda de casos. As 171 novas infecções da variante são modestas em comparação com a Índia e alguns outros países, mas as contaminações rastreadas até o Aeroporto Internacional de Nanjing se espalharam para pelo menos dez cidades.

    Segundo a Associated Press, os primeiros casos ocorreram entre funcionários e pessoas que passaram pelo aeroporto de Nanjing, que atende 30 milhões de passageiros por ano. Autoridades citadas pela mídia chinesa dizem que os funcionários do aeroporto podem ter sido infectados pelo manuseio impróprio do lixo, mas não disseram como o vírus pode ter chegado lá.

    No combate ao vírus, o executivo da AstraZeneca, Ruud Dobber, afirmou, à Reuters, que a empresa farmacêutica está explorando novas opções para o futuro de sua vacina contra a covid-19. Segundo o executivo, a companhia terá melhor previsão sobre as mudanças no final de 2021.

    Enquanto isso, a fábrica da Emergent BioSolutions recebeu aval do departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) para retomar a produção da vacina da Janssen. "Estamos orgulhosos de retomar a produção de lotes de vacinas covid-19", disse Robert Kramer, presidente-executivo da Emergent, em comunicado.

  • Resumo das Olimpíadas: futebol salva em manhã de derrotas e eliminações brasileiras

    Dias de luta, dias de glória... A frase é boa para falar sobre os recentes resultados brasileiros nas Olimpíadas de Tóquio. Depois de uma manhã de terça com duas medalhas e vitórias importantes, o Brasil teve derrotas e eliminações nesta quarta. Só quem salvou foi o futebol masculino que, com a vitória sobre a Arábia Saudita, garantiu passagem para as quartas de final.

    Entre as tristezas, o revés do vôlei masculino para o Comitê Olímpico Russo. Jogo em que já era esperada dificuldade, sabíamos que seria duro, diga-se de passagem, mas em se tratando dos nossos atuais campeões olímpicos, a expectativa é sempre de vitória. Também tivemos derrotas do handebol masculino e eliminações nas duplas mistas de tênis (com direito a provocação de Djokovic), tênis de mesa e natação.

    Seleção nas quartas do futebol
    Assim como a seleção feminina, a masculina segue para o mata-mata das Olimpíadas. Liderados por Richarlison, que marcou dois gols, o Brasil venceu a Arábia Saudita por 3 a 1 e passou para as quartas de final, onde enfrentará o Egito. O atacante se isolou na artilharia das Olimpíadas de Tóquio 2020, com cinco gols.

    Nos outros resultados da rodada do futebol, dois rivais históricos ficaram pelo caminho e estão fora da disputa por medalhas. A Alemanha empatou com a Costa do Marfim, amargando terceiro lugar no grupo do Brasil. E a Argentina empatou com a Espanha e também deu adeus às Olimpíadas.

    Desclassificações que renderam provocações dos jogadores brasileiros. Primeiro com um tchauzinho aos hermanitos em foto postada por Douglas Luiz. Depois, com uma cutucada de Richarlison nos alemães.

    Rússia atropela Brasil no vôlei masculino
    O vôlei masculino brasileiro sofreu sua primeira derrota em Tóquio. E foi justamente para um antigo calo no sapato, a Rússia - que joga sob o nome Comitê Olímpico Russo por causa do escândalo de doping no esporte do país.

    Foi rápido e fácil: os atuais campeões olímpicos caíram em 3 sets a 0, parciais 25/22, 25/20 e 25/20. Mesmo resultado da queda para os mesmos adversários na Liga das Nações. Só que lá, a classificação às finais já estava encaminhada.

    Nas Olimpíadas, a situação é diferente. O Brasil soma duas vitórias e cinco pontos na chave B e está em terceiro lugar no grupo, atrás dos Estados Unidos e da Rússia, que lidera com folga, invicta.

    O Brasil volta à quadra nesta quinta-feira, às 23h05 (horário de Brasília). Para que a classificação às quartas não se torne um drama, precisa vencer os Estados Unidos. E na última rodada da fase, ainda encara a França. Os quatro melhores de cada grupo passam.

    Brasileiros ficam longe do pódio na ginástica
    A final do individual geral de ginástica foi disputada na manhã desta quarta e os brasileiros acabaram longe do pódio. Caio Souza começou bem e poderia entrar para o top 10 pela primeira vez, mas uma queda no solo e outra no cavalo com alças derrubou o ginasta para a 17ª posição, somando 81,532 pontos. Diogo Soares, de apenas 19 anos, acabou na 20ª posição em sua primeira final olímpica, com 81,198 pontos.

    Daiki Hashimoto manteve a tradição japonesa na prova e faturou o ouro no individual geral, somando 88,465 pontos. A prata ficou com o chinês Xiao Ruoteng, campeão mundial em 2017, que somou 88,065. Atual campeão mundial, o russo Nikita Nagornyy completou o pódio, com 88,031 pontos.

    Derrota sofrida de Calderano
    Uma das derrotas que os brasileiros mais lamentaram nesta manhã de quarta foi do mesatenista Hugo Calderano. Ele já havia feito história ao se classificar pelas quartas de final - superando o melhor desempenho da história do país na modalidade (oitavas de final com o próprio Hugo em 2016 e de Hugo Hoyama em 1996).

    Contra o alemão Dimitrij Ovtcharov, Calderano chegou a abrir 2 a 0 e 8/4 no terceiro set, mas acabou levando a virada. No quinto set, houve um momento icônico, em que o brasileiro abriu 7 a 1, mas acabou levando a virada - o que rendeu memes nas redes sociais com a famigerada derrota do futebol em 2014.

    Hugo Calderano segue em Tóquio para a disputa da competição por equipes. A partir de domingo, ao lado de Gustavo Tsuboi e Victor Ishiy joga a competição na qual o país é cabeça-de-chave número 6. A estreia é contra a Sérvia.

    Eliminação brasileira com provocação de Djokovic
    E o espírito olímpico? Segundo o tenista Marcelo Melo, faltou um pouco a Novak Djokovic na vitória da dupla mista da sérvia sobre a brasileira, nesta quarta pela manhã. Djokovic e Nina Stojanovic venceram Melo e Luisa Stefani por 2 sets a 0, parciais de 6/3 e 6/4, eliminando os brasileiros.

    O número 1 do mundo festejou bastante cada ponto durante todo o jogo. Algumas vezes, vibrava e gritava em direção à delegação brasileira que acompanhava o duelo. A postura não agradou Melo, que também foi acertado por um smash do sérvio nas costas.

    - Não vou criar polêmica, mas quem viu o jogo entende o que eu quero dizer nas entrelinhas e outras coisas também. Tem certas coisas que eu não consegui entender para que. Estamos nas Olimpíadas, não fizemos nada, uma vez quase acertou a Luisa. Para mim tem que ter certos limites, mas não vou criar polêmica.

    O sérvio se mostrou surpreso ao ser questionado em coletiva, mas evitou estender o assunto logo após soltar uma risada irônica.

    - Melo disse que eu tentei provocá-lo? Sério? Não tenho nada a dizer sobre isso - disse o número 1 do mundo.

    Quarta ingrata na natação
    A manhã de quarta-feira foi ingrata para os brasileiros da natação. Vinícius Lanza e Caio Pumputis, nos 200m medley, e Larissa Oliveira, nos 100m livre, fizeram tempos fora dos 16 melhores em suas respectivas provas eliminatórias e ficam de fora das semifinais individuais.

    O mesmo aconteceu com o revezamento 4x200m livre feminino. Aline Rodrigues, Larissa Oliveira, Naná Almeida e Gabi Roncatto fizeram o quinto tempo de sua bateria, com 7m59s50. Marca que também não foi suficiente para ficar entre as oito melhores que foram à final.

    Jejum de vitórias no handebol
    O Brasil está em situação delicada no handebol masculino após acumular sua terceira derrota em três jogos em Tóquio. Depois de perder para Noruega e França, agora a equipe caiu para a Espanha por 35 a 25 e permanece em quinto lugar no Grupo A da competição.

    Mas há esperanças. A seleção ainda tem duas partidas pela frente no torneio olímpico. Primeiro, o time enfrenta a Argentina na quinta-feira, às 21h, e depois encerra a participação na fase de grupos diante da Alemanha no sábado, às 7h30h (horários de Brasília). Os quatro primeiros de cada grupo avançam às quartas de final.

Deixe um comentário

Certifique-se de preencher os campos indicados com (*). Não é permitido código HTML.