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Salvador tenta substituir prova da Stock Car em Brasília

Salvador tenta substituir prova da Stock Car em Brasília

Salvador, que, na terça-feira, 5, foi retirada oficialmente do calendário da Stock Car, ainda nutre expectativa de sediar uma etapa de 2015 da maior categoria do automobilismo brasileiro. A data que pode ficar com a capital baiana é 13 de setembro.

A esperança vem dos problemas no autódromo de Brasília, cujas obras de reforma estão embargadas após recomendação do Tribunal de Contas do Distrito Federal, que teria identificado irregularidades no contrato, cujo valor foi de R$ 251 milhões. O sobrepreço seria de R$ 35 milhões.

A capital federal é que, a princípio, deve sediar a prova de 13 de setembro. Suas obras estão cerca de 80% prontas. Os 20% restantes podem ser concluídos em até um mês. No entanto, precisando de uma definição, a Vicar, empresa que promove a Stock Car, deu um ultimato à cidade para o fim da semana que vem.

Caso, dentro destes 10 dias, haja uma garantia de que o embargo caia e a reforma seja completada, a prova é de Brasília. Senão, abre-se uma vaga no calendário. E Salvador, que perdeu a prova do dia 2 de agosto para Curitiba, é forte concorrente a ela.

"Não deveríamos ter perdido a prova de 2 de agosto, para início de conversa. Já que perdemos, vamos tentar diminuir o mal causado. A prova movimenta R$ 12 milhões e atrai 2,5 mil turistas, que usam a malha aeroviária, hotéis, restaurantes... Temos um público apaixonado de 38 mil pessoas (público presente na corrida de 2014). Batemos o recorde da Stock Car, público que não foi repetido nem em Interlagos", declarou Selma Morais, presidente da Federação de Automobilismo da Bahia.

A questão que levou à perda da prova de 2 de agosto foi financeira. Pelo contrato de 2014 entre Vicar, Governo da Bahia e Prefeitura de Salvador, a cidade arcou com um patrocínio de R$ 750 mil. O Estado, com R$ 1,25 milhões. Para este ano, houve uma majoração dos valores, mantidos em sigilo pelas três partes. A prefeitura, alegando falta de recursos, não assinou o novo contrato.

"Já conseguimos resolver o impasse com o estado. Temos agora uma questão com a prefeitura. Como ela disse que não tinha como pagar os valores, a Vicar ofereceu como alternativa a isenção de taxas e cessão de infraestrutura, como segurança, limpeza e ordenamento de uso do solo. Porém, Isaac Edington (presidente da Salvador Turismo, autarquia ligada à Secretaria de Desenvolvimento, Turismo e Cultura de Salvador) disse que o evento é particular e, por isso, não pode isentá-lo das taxas", informou Selma.

Negociações

Em entrevistas ao longo dia de ontem, Edington declarou que "a prefeitura entende a importância de um evento como esse, mas não é ela que o viabiliza. A captação de recursos é função do governo. Em 2014, foi outra situação. Cada ano tem suas prioridades".

Já Diogo Medrado, presidente da Bahiatursa, ligada ao governo do estado, afirmou: "Pedimos um prazo para a prefeitura avaliar o caso, mas os promotores da prova têm que divulgar o calendário oficial com três meses de antecedência. Por isso, não podem esperar. Já estamos conversando com a iniciativa privada para ajudar. Anteontem, conversei com dois possíveis parceiros. Nesse caso, independentemente de a prefeitura embarcar".

Edington devolveu: "A prefeitura é a última que tem que se pronunciar. O governo sabe da sua capacidade de investimentos. Uma vez que eles definirem o formato do investimento para o evento, avaliaremos se faz sentido para a prefeitura ou não".

Fonte: ATARDE

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