Quinta, 28 Março 2024 | Login

“Não vendi nem água.” Este é o relato de Ciro Gonzaga, proprietário da Cafeteria Lacerda Café e um dos comerciantes afetados pela interrupção no fornecimento de energia que atingiu 25 estados brasileiros e o Distrito Federal nesta terça-feira (15). Vinte minutos após a abertura do estabelecimento, localizado no bairro do Comércio, ele e a única funcionária do local foram surpreendidos com o apagão, responsável por impactar diretamente no faturamento do dia.

De acordo com uma projeção da Fecomércio, o apagão pode ter gerado perda de vendas, por hora parada, de R$ 2,2 milhões. Segundo o presidente do Sindicato de Lojistas do Estado da Bahia (Sindilojas-BA), Paulo Motta, a interrupção "desorganizou a operação do sistema produtivo e as perdas são imensuráveis para o comércio de bens".

O relógio marcava 12h quando Ciro conversou com o CORREIO e, até esse horário, o fornecimento não havia sido restabelecido no bairro. No período de baixa estação, Ciro vende entre R$ 1.200 e R$ 1.300 diariamente. Com o apagão, a cafeteria não produziu e, consequentemente, nada vendeu, o que configura uma perda de 100% das vendas diárias.

“As máquinas que utilizamos não funcionam sem energia. Foi um dia perdido, porque o maior movimento acontece pela manhã. Não conseguimos recuperar”, explicou.

As mesas do estabelecimento Churrascaria e Pizzaria Modelo também estavam vazias, sem sinal de cliente à vista até as 12h30. O dono, Márcio Santos, disse que a queda no faturamento foi total. Diariamente, o restaurante recebe entre 60 e 80 pessoas para almoço, com o maior pico entre 11h30 e 12h. “A perda é imensurável”, afirmou o proprietário, que não estabeleceu um valor do prejuízo.

O bar Recanto do Gino era um dos poucos estabelecimentos próximos ao Mercado Modelo e ao Elevador Lacerda que tinham clientes nas mesas – poucos, mas tinha. Apesar disso, o administrador do local, Gino Dias, estimou uma redução de mais de 80% nas vendas diárias por causa do apagão. “Estamos vendendo o que conseguimos. Não consegui tirar nem o dinheiro da gasolina para chegar até aqui”, afirmou. Nesta época do ano, o estabelecimento fatura entre R$ 500 e R$ 2.000. Até as 12h, Gino não havia vendido nem R$ 100.

No Depósito de Bebida do Vissor, ainda na região do Comércio, o proprietário Wilson Bispo destacou uma redução de 50% nas vendas durante o horário em que foi afetado pelo apagão, de 9h às 13h, e teve que recorrer às lanternas de celulares e velas para faturar alguma coisa pela manhã: "Foi complicado, porque o movimento maior é pela manhã. Não foi um dia jogado no lixo porque chegou a tempo", explicou Wilson.

Na Avenida Sete, nada diferente: queixas de proprietários e funcionários que recebem comissão por venda, além de dezenas de lojas fechadas. Rute Navarro, proprietária da Artesanato Carinho e Arte, vendeu uma peça durante toda a manhã – a média diária é de 30 peças. Já Jackson Sacramento Junior, funcionário da Kasa Andrade, que tira entre R$ 60 e R$ 70 por comissão diariamente, terminou a manhã zerado.

Quanto aos shoppings centers, o coordenador da Associação Brasileira de Shoppings Centers na Bahia (Abrasce-BA), Edson Piaggio, afirmou que os centros comerciais que possuem geradores não foram prejudicados pelo apagão. A organização, no entanto, não teve como informar quais shoppings possuem o equipamento, nem quais foram os prejuízos.

Transtornos com Pix e pagamento no cartão

Para Roberto Neder, proprietário da loja de jeans Aduana, na Avenida Sete, o maior problema é a forma do pagamento. De acordo com o empresário, 99% das pessoas realizam as compras por meio do cartão de crédito ou da transferência via Pix, processos que ficaram fora do ar por causa da interrupção.

"Não conseguimos fazer venda nenhuma. Estamos aqui zerados", afirmou Roberto, às 12h50, minutos antes do restabelecimento do sistema na Avenida Sete. O empresário vende, em média, 30 peças por dia.

Motorista da Saúde do município de Santa Cruz da Vitória, no interior baiano, Lauro Dias aproveitou que estava em Salvador a serviço para realizar compras na Avenida Sete, mas foi pego de surpresa com o apagão. "É uma turbulência. Estamos com esse problema de passar o cartão na máquina e de encontrar lojas abertas", afirmou Lauro Dias.

Motoristas peregrinam em busca de combustível

Quem teve o azar de ficar com o combustível na reserva na manhã de terça-feira (15), precisou enfrentar filas nos postos de gasolina para conseguir abastecer. Foi o caso de Jorge Baptista, de 64 anos. O aposentado tentou abastecer em três postos diferentes, mas em nenhum deles as máquinas de cartão estavam funcionando.

“Eu passei por uma consulta no hospital e lá fiquei sabendo do apagão, a luz chegou a cair duas vezes. Agora, o carro está na reserva e preciso abastecer para voltar para Brotas”, disse enquanto aguardava na fila em um posto na Avenida Paralela. Alguns postos de gasolina visitados pela reportagem durante a manhã tinham geradores, o que garantiu o funcionamento.

Em um posto próximo à Estação Pernambués, no entanto, mais de dez carros aguardavam o serviço ser restabelecido por volta das 11h. Apesar do fornecimento de energia ter sido retomado, os frentistas aguardavam o processo de automação, que consiste na integração das bombas de combustível com o caixa. “Temos que esperar cerca de meia hora para voltar a funcionar e tem muita gente esperando porque o carro está na reserva e não tem como sair”, disse o frentista Lázaro Lopes.

Entre os que aguardavam na fila estava André, que já havia passado em três postos de gasolina e estava atrasado para o trabalho. “Esse apagão atrapalhou tudo. Estou atrasado para o serviço, mas não posso sair daqui antes de abastecer ou o carro vai parar no meio da rua”, afirmou.

Indústrias

De acordo com o superintendente geral do Comitê de Fomento Industrial de Camaçari (Cofic), Mauro Pereira, a produção no Polo parou por um tempo, que não foi especificado. Os dados sobre uma possível perda produtiva ainda serão apurados. "Não é possível saber [sobre perdas], porque a queda foi geral", explicou Mauro.

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O sonho da cozinheira Arlene Oliveira, 51 anos, é viver da venda de bolos. Porém, com o aumento nos preços dos alimentos, gás e energia, seu faturamento diminuiu e hoje ela busca um emprego temporário no Natal. “Quero essa oportunidade para sustentar a casa ou até conseguir o dinheiro necessário para investir no meu negócio”, explica. Comparado com o ano passado, Arlene vai ter mais facilidade de encontrar um emprego. É que a Bahia terá 23% a mais de vagas de trabalho temporário neste Natal, de acordo com previsão da Federação do Comércio do Estado da Bahia (Fecomercio)..

No total, serão 3.049 vagas frente às 2.476 registradas no ano passado. Se a previsão deste ano for concretizada, apesar de ainda estarmos numa pandemia, esse será o terceiro melhor Natal desde 2014, perdendo apenas para os anos de 2018 e 2019. Para o presidente da Associação Brasileira de Recursos Humanos Seccional Bahia (ABRH-BA), Wladmir Martins, o surgimento dessas vagas temporárias tem relação com a própria crise sanitária.

“A gente está vindo de um momento difícil da economia por conta da pandemia. Houve uma retração, o que gerou uma demanda reprimida que está sendo liberada agora. As empresas estão cada vez mais voltando a trabalhar dentro de uma normalidade e isso acelera a economia”, explica.

Entre os segmentos, ainda de acordo com a previsão da Fecomercio, os hiper e supermercados devem ser os que mais vão empregar temporariamente, com 1.239 vagas. “Os supermercados costumam ter demanda maior em períodos que antecedem as festas, com a maior busca por bebidas e alimentação. Fora o fato de que essas empresas hoje oferecem diversos produtos, como brinquedos e eletrodomésticos, o que estão ligados com as festas de final de ano. Tudo isso gera essa demanda”, aponta Martins.

Dentre os mercados que devem abrir vagas temporárias, o Hiperideal diz que costuma ter, no período do Natal, um aumento em 10% de vagas temporárias nas lojas da cidade. “E nas unidades de praia é ainda maior, podendo chegar até 20%”, calcula a empresa, em nota. A reportagem também tentou contato com a Perini, G Barbosa, Mercantil Rodrigues e Atakarejo, mas não obteve retorno até o fechamento do texto. Já o Grupo Big, que é dono das marcas Maxxi, Big Bompreço, Super Bompreço, Sams e TodoDia, disse não poder participar dessa pauta.

Setor de vestuário, calçados e utilidades domésticas também estarão em alta
Não serão apenas os mercados que vão gerar novas vagas temporárias. Segundo a previsão da Fecomercio, o setor de vestuário e calçados deve gerar 535 postos de trabalhos finitos no Natal, seguido do setor de utilidades domésticas, com 488 vagas. Todos os demais seguimentos devem ter 788 vagas, o que completa as 3.049 oportunidades de emprego previstas. A reportagem pediu à Fecomercio uma fonte que pudesse comentar sobre esse estudo, mas não obteve sucesso.

Varejista de brinquedos, a Ri Happy deve ter vagas temporárias no Natal, mas ainda não definiu a quantidade e nem a previsão de quando serão lançadas. Para o Dia das Crianças deste ano, a empresa também abriu vagas temporárias. Foram 2.400 oportunidades em todo o Brasil, sendo 66 na Bahia. Destas, 11 vagas foram na unidade de Lauro de Freitas, aberta há apenas seis meses.

“Historicamente, as vagas do Natal também costumam ser preenchidas por quem esteve conosco no Dia das Crianças”, diz a assessoria da empresa. No entanto, como a quantidade de vagas temporárias no Natal costumam ser maior do que no Dia das Crianças, é bom ficar de olho numa oportunidade. A operadora de caixa Luciene Guimarães Souza, 29 anos, começou assim na Ri Happy. Em 2016, surgiu uma vaga temporária no Dia das Crianças. No mesmo ano, ela trabalhou no Natal. Dois meses depois, ela foi contratada de forma definitiva para a unidade do Salvador Shopping.

“O gerente disse que tinha gostado do meu desempenho e perguntou se eu teria interesse em voltar, caso surgisse uma vaga. Logo em janeiro ele me ligou informando que a vaga tinha aparecido. Eu tinha acabado de fazer uma cirurgia e voltei a trabalhar com um mês de operada, no tempo certinho permitido pelo médico. Acho que foi meu empenho, dedicação e o jeito de tratar os clientes que chamou a atenção do pessoal. Eu dei o meu melhor para isso”, revela.

Com a abertura da unidade em Lauro de Freitas, Luciene, que mora na cidade da Região Metropolitana de Salvador (RMS), acabou sendo transferida para o local, mais perto da sua casa. “Hoje estou há cinco anos na empresa. Primeiro como auxiliar de caixa e agora como efetivo. Quem sabe, no futuro, não possa virar uma assistente ou até mesmo gerente. A empresa sempre abre oportunidades para a gente mostrar nosso talento. Só precisamos aproveitar”, conta.

Paulo Motta, presidente do Sindicato de Lojistas (Sindlojas), também está esperançoso pelo aumento de vagas temporárias no Natal de 2021. “Temos expectativa positiva quanto a contratação temporária para esse último trimestre, principalmente com o regular funcionamento do comércio. Prevemos 5 mil empregos temporários no estado”, disse. No entanto, isso ainda é a metade das 10 mil vagas temporárias obtidas em 2019, segundo o sindicalista.

A nível nacional, a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) prevê a maior oferta de vagas temporárias para os últimos oito anos. A estimativa é que, no Natal, surjam 94,2 mil empregos temporários. A entidade prevê ainda aumento de 3,8% nas vendas natalinas, em comparação com o ano passado. O superintendente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Salvador (CDL Salvador), Silvio Correa, e as empresas Americanas e Le Biscuit também foram contactadas, mas não deram retorno até o fechamento do texto.

Para especialista em RH, vaga temporária é oportunidade para ser efetivado
O presidente da ABRH-BA, Wladmir Martins, defende que o trabalhador que seja contratado para uma vaga temporária possa dar o seu melhor para que isso se torne um emprego definitivo. “Vaga precisa de foco. Procure focar no que você quer, pois você tem a oportunidade de ser contratado definitivamente. Se você conseguir algo temporário, dê o seu melhor, todo o seu potencial”, explica. Segundo Martins, as vagas temporárias tem o objetivo de suprimir uma demanda concentrada em determinados períodos do ano.

“Mas eu vejo muitas empresas utilizarem o temporário para selecionar alguns e efetivarem. É como se fosse um período de experiência. É por isso que o trabalhador não pode ver como algo sem futuro e dedicar pouca energia. Pelo contrário, tem que mostrar interesse, o que tem de melhor e as suas competências. Muitas vezes essa contratação não vem imediatamente, mas logo depois o funcionário pode ser chamado”, explica.

Para quem está desempregado e procura uma oportunidade dessa, a dica do especialista é ficar de olho justamente nas empresas que costumam ofertar mais vagas temporárias. “Normalmente, essas oportunidades estão em plataformas de distribuição de vagas. Só é preciso tomar cuidado para não usar uma plataforma falsa. Procure também ir presencialmente nesses locais onde há captação de serviços, visite o comércio, descubra onde é o setor de contratação, distribua currículos. É estar presente onde vão surgir as vagas”, diz.

A cozinheira Arlene Oliveira, que você conheceu no início da reportagem, diz estar fazendo justamente isso. “Não é exagero não. Já enviei muitos currículos, estou de olho nas vagas divulgadas nos jornais, tenho cadastro nas empresas... tudo que eu quero na vida é aproveitar uma oportunidade dessa”, relata.

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A prefeitura de Lauro de Freitas autorizou o funcionamento de lojas de varejo de rua também aos domingos, das 7h às 19h. A decisão, prevista em decreto publicado no Diário Oficial do Município (DOM) de Lauro de Freitas da última quarta-feira (25), já começa a valer a partir deste final de semana. Nestes estabelecimentos, assim como em shopping centers e centros comerciais, está autorizado o uso de provadores, desde que os mesmos sejam desinfetados frequentemente com álcool 70%.

No município está em vigor a fase três de flexibilização de atividades econômicas, que libera o funcionamento de templos religiosos e igrejas, contanto que utilizem apenas 50% da capacidade de público do local. Segue suspensa a realização de eventos e atividades com a presença de público superior a 300 pessoas. Também está proibida a realização de shows, festas públicas ou privadas com sonorização, inclusive com equipamentos denominados paredões.

Atividades esportivas podem ser realizadas no município, desde que ocorram sem a presença de público e com todos os protocolos de proteção e prevenção à COVID-19. Mesmo com o avanço da vacinação em Lauro de Freitas, que já conta com 85,7% do público-alvo desta primeira etapa vacinado com a primeira dose de algum dos imunizantes contra COVID-19, ainda é necessária a manutenção das medidas de proteção para evitar o avanço da doença.

A íntegra de todos os decretos publicados pela gestão municipal desde o início da pandemia do novo coronavírus podem ser consultados no site da Prefeitura neste link https://www.laurodefreitas.ba.gov.br/2021/decretos. No site também são atualizados diariamente os dados do boletim epidemiológico. Até esta quarta-feira, Lauro de Freitas registra o número de 74 casos ativos para a COVID-19. Desde o início da pandemia, 511 perderam a vida em função do agravamento da doença.

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O comércio de Feira de Santana está autorizado a funcionar no sábado (8) e no domingo (9), das 8h às 14h, véspera e dia das mães. Isso inclui o Shopping Cidade das Compras, Feiraguay, Mercado de Arte Popular e Galpão de Arte. A medida foi publicada em edição extra do Diário Oficial Eletrônico da segunda (3).

As casas lotéricas também foram autorizadas a funcionar nestes dias, até 14h. Shoppings centers poderão ficar abertos das 10h às 20h30. O escalonamento dos estabelecimentos comerciais e de serviços continua entre 3 e 10 de maio.

No sábado, atividades de feira livre podem funcionar até 14h. O Centro de Abastecimento deve fechar às 16h. No domingo, estes serviços não podem funcionar.

Bares e restaurantes podem abrir com atendimento presencial de 3 a 10 de maio, encerando sempre às 20h30. A venda de bebidas alcóolicas fica proibida em qualquer local, incluindo delivery, das 21h às 5h, de 7 a 10 de maio.

Celebrações religiosas ficam permitidas até 20h30 todos os dias, desde que seguindo os protocolos sanitários como distanciamento.

Os serviços de entrega em domicílio de medicamentos e materiais de construção estão permitidos, independente do horário. Já os serviços de delivery de alimentos somente até a meia-noite.

Cerimônias de casamento, solenidades, eventos desportivos coletivos e amadores, assim como quaisquer outros eventos e atividades que envolvam a presença de público estão suspensos em Feira de Santana, ainda que previamente autorizados.

O uso do transporte coletivo com passe estudantil está restrito para uso somente das 9h às 16h, por conta da suspensão das aulas presenciais.

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O comércio de Feira de Santana vai funcionar em escalonamento a partir dessa quarta-feira (10). O esquema vai funcionar desta forma até sexta-feira (12), quando começa o lockdown na cidade e se estende durante o final de semana.

Além disso, a cidade também continua com o toque de recolher em vigor, que começa às 20h. A proposta de fazer um escalonamento é reduzir o número de passageiros nos ônibus nos horários de pico.

Veja a divisão:

Grupo A - das 8h às 17h
Auto peças e Oficinas,
Locadoras e Consorssionárias
Oticas e Relojolherias e Bijouterias
Eletrodomesticos, Móveis, Colchões
Artigo de festas e Bomboniere
Cosmético e Perfumaria
Artigo Eletrônico e Informática
Embalagens e Limpezas
loja Conveniência e Floristas
Feiraguay Box nº PAR

Grupo B - das 9h às 18h
Material de Construção
Armarinho e Utilidade do lar
Cama e Mesa e Tecidos
Vestuário, Moda e Artigo Esportivo
Calçados e Bolsas e Acessórios
Artigo Escritórios e Papelaria
Despachantes e Corretoras
Barbearia e Salão de beleza
Feiraguay Box nº IMPAR


Grupo C
Shopping das 11h às 19h
Centro Abactecimento das 4h às 15h
Shopping Cidade das Compras das 8 h às 16h
Galerias e MAP e Galpão Arte das 9h às 16h

Grupo D - Horário Normal
Industrias Geral/ Construção Civil
Açougue, abatedouros e peixarias
Transportadoras, Segurança e TI
Bancos, lotéricas
Clínicas e laboratórios
Fertilizantes e Produtos Veterinária

Grupo E - Horário Normal
Padarias e Supermercados e Farmácia
Postos Gasolina e Borracharias
Ração Animal e Distribuidora Água e Gás

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O presidente do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, o desembargador Lourival Almeida Trindade, suspendeu nesta segunda-feira (08), a liminar concedida pelo por um juiz de Luís Eduardo Magalhães, que permitia o funcionamento do comércio local e outras atividades consideradas essenciais, contrariando assim as determinações do decreto estadual que estabelece o toque de recolher em todo o estado, e que tem validade até 1º de abril.

O pedido foi impetrado pela Associação Comercial e Industrial de Luís Eduardo Magalhães (ACELEM). Em defesa do Estado, a Procuradoria Geral alegou que "a decisão potencializa e estimula a exposição das pessoas aos vírus em horários nos quais os critérios técnicos considerados pela administração do estado, e a própria razão comum das coisas, recomendam que elas estejam recolhidas. Dessa forma, a decisão provoca danos não somente aos que dela se queiram favorecer, mas, também, às incontáveis pessoas que, direta ou reflexamente, estarão submetidos aos efeitos do contágio, e ainda mais ao sistema geral de saúde pública, cujo colapso será iminente, caso não sejam sustentadas as providências de enfrentamento."

Em seu despacho o desembargador deixa explícito que “torna-se inteligível, portanto, que, na espécie nodal, o município de Luís Eduardo Magalhães, ao flexibilizar as medidas restritivas estaduais, atuou, contrariamente às medidas restritivas de circulação, prefiguradas pelo Estado da Bahia, justamente, neste cenário lúgubre e sombrio da pandemia do Covid-19, em o qual se espera uma atuação coordenada e harmônica, entre os gestores públicos, observando-se o federalismo cooperativo e a prevalência das medidas mais protetivas aos direitos fundamentais”, pontuou.

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Uma grande preocupação quando se fala do fechamento total do comércio e lockdown rígido como o visto em países europeus e asiáticos é relacionada à economia: prefeitos e governador da Bahia assumem que a economia local é frágil, extremamente dependente do comércio informal e um fechamento total significaria um total colapso na vida de muitas pessoas.

A decisão, portanto, é chegar a um meio termo. O comércio não essencial segue fechado em Salvador e Região Metropolitana até o próximo dia 15 de março. O decreto pode ser prorrogado e é isso que deve acontecer, pelo menos até as taxas de ocupação nos leitos de UTI chegarem a 80%. Salvador fechou esta terça-feira com 85% de ocupação, segundo a Secretaria Municipal de Saúde.

Prefeito da cidade, Bruno Reis afirmou que essa reabertura será escalonada para evitar aglomerações nas ruas e, principalmente, no transporte público. À TV Bahia, Bruno explicou que um plano de retomada está sendo elaborado e prevê que cada atividade econômica funcione em um horário diferente.

"Estamos planejando um cronograma de retomada com horários alternados. Construção civil funciona num horário, comércio de rua num outro horário, shoppings e estabelecimentos em outro horário", afirmou.

Governador da Bahia, Rui Costa afirmou que essa é uma medida paliativa, que tenta compreender ao máximo o momento do Estado e dos municípios. "Essa é uma medida paliativa porque nós temos uma economia frágil, um país que vem em recessão há cinco anos e uma região que tem um grau de informalidade no emprego muito alta. É um parâmetro que dá opção de oferecer dignidade a quem precisa de um leito e também evita que se chegue a um colapso no sistema de saúde", afirmou.

Medidas
Ainda nesta semana, a Prefeitura vai abrir um outro hospital de campanha, o quinto de Salvador. O hospital terminou de ser montado no bairro de Itapuã e agora parte para as fases de instalação de equipamentos, contratação e treinamento de pessoal. Todo esse processo deve ser finalizado na sexta-feira, quando o hospital deve iniciar a receber os primeiros pacientes.

Bruno Reis alerta que uma hora o poder público ficará sem alternativa e sem condições financeiras de abrir mais vagas. Uma outra preocupação é quanto à montagem de equipe para atuar na linha de frente, já que muitos profissionais já estão exaustos ou com toda a sua carga horária comprometida.

""Só o isolamento social vai diminuir a taxa de aceleração, a taxa de transmissão do vírus. E vai permitir que o sistema que nós montamos tenha condições de suprir", afirmou o prefeito.

O número de leitos na cidade cresceu na segunda onda do coronavírus. Durante a primeira, em seu auge, a cidade chegou a 228 leitos de UTI e 271 de enfermaria. Hoje, já são 256 de UTI e 309 de enfermaria. O hospital de campanha em Itapuã acrescenterá mais 10 leitos de UTI e 40 de enfermaria.

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O volume de vendas do comércio varejista brasileiro cresceu 0,6% na passagem de agosto para setembro deste ano. Essa é a quinta alta consecutiva do setor, que vem apresentando avanços desde maio.

Com isso, o patamar do comércio varejista, que já havia atingido seu nível recorde no mês de agosto, continua em crescimento. Os dados da Pesquisa Mensal de Comércio foram divulgado hoje (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

As vendas do comércio também tiveram alta de 2,8% na média móvel trimestral, de 7,3% na comparação com setembro de 2019 e de 0,9% no acumulado de 12 meses. No acumulado do ano, apresenta estabilidade.

Na comparação com agosto deste ano, houve alta em cinco das oito atividades pesquisadas: livros, jornais, revistas e artigos de papelaria (8,9%); combustíveis e lubrificantes (3,1%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (2,1%); equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (1,1%) e móveis e eletrodomésticos (1%).

Três atividades tiveram queda no período: tecidos, vestuário e calçados (-2,4%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,6%); e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,4%).

No varejo ampliado, que também analisa os segmentos de veículos e de material de construção, o volume de vendas cresceu 1,2% em relação a agosto deste ano, também a quinta variação positiva consecutiva. Os veículos, motos, partes e peças tiveram crescimento de 5,2% e os materiais de construção, de 2,6%.

O varejo ampliado também teve altas de 4% na média móvel e de 7,4% na comparação com setembro de 2019. Mas teve quedas de 3,6% no acumulado do ano e de 1,4% em 12 meses.

Na receita nominal, o comércio varejista teve altas de 2,1% na comparação com agosto, de 13,4% em relação a setembro de 2019, de 3,6% no acumulado do ano e de 4,2% no acumulado de 12 meses.

 

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