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Em tempos de desafios, pequenos negócios reforçam papel de destaque na economia

Em tempos de desafios, pequenos negócios reforçam papel de destaque na economia

Os donos de pequenos negócios demonstraram sua capacidade de se reinventar frente aos desafios impostos pela pandemia. Desde março de 2020, foi preciso buscar soluções para atravessar um caminho repleto de incertezas. Mais de um ano e meio depois, um novo horizonte começa a ficar visível e, neste dia 5 de outubro, data em que se celebra o Dia da Micro e Pequena Empresa, o papel de destaque exercido por esses empreendimentos na economia é exaltado.

O Dia da Micro e Pequena Empresa faz referência ao estatuto criado em 1999, que abriu caminho para a construção da Lei Geral, instituída em 2006, que estabeleceu normas para o tratamento diferenciado aos pequenos negócios, no lastro de políticas públicas focadas no desenvolvimento econômico do país.

Os números do portal do Simples Nacional já evidenciam a força desses empreendimentos e, sobretudo, dos empreendedores baianos. Mesmo durante a pandemia, os registros de micro e pequenas empresas não reduziram. Entre setembro de 2020 e setembro de 2021, o estado registrou 137.707 novos pequenos negócios, entre microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte, chegando a um total de 994.692.

O superintendente do Sebrae Bahia, Jorge Khoury, lembra que os pequenos negócios são responsáveis pela geração de emprego e renda para milhares de pessoas em todo o estado e representam 98% do total de empresas registradas.

“Quando uma crise impacta um pequeno negócio muitas pessoas são afetadas. Durante essa pandemia, vimos empresários tendo que remodelar seus negócios para manter as portas abertas, buscando meios de manter o fôlego para atravessar esse momento difícil”.

Entre as mudanças mais significativas, aponta Khoury, está a necessidade de investimento em presença digital. “A pandemia acelerou processos, que antes apareciam como tendência. Hoje, ter presença digital é praticamente uma necessidade de sobrevivência”, ressaltou o superintendente.

Uma pesquisa do Sebrae evidencia essa realidade. O estudo mais recente, publicado em junho, aponta que 64% dos pequenos negócios na Bahia passaram a utilizar ferramentas digitais para fazer suas vendas.

Semana Sebrae O Sebrae acompanhou de perto a situação das micro e pequenas empresas nesse período de dificuldade. A instituição investiu esforços para levar o conteúdo necessário aos empresários, de acordo com a demanda no atual contexto. “Somos uma instituição de conhecimento e é nossa obrigação fornecer as soluções e ferramentas necessárias para que o empreendedor supere as dificuldades”.

Na última segunda-feira (4), a Semana Sebrae de Capacitação Empresarial deu início à sua sexta edição, com uma programação extensa focada no processo de retomada das vendas. As capacitações acontecem em formato presencial e online, em Salvador e diversos municípios baianos.

Jorge Khoury lembra que, na edição passada, realizada em formato totalmente online, as capacitações focaram nas demandas para os empreendedores frente a um novo contexto. “Agora, enxergamos uma perspectiva de retomada do caminho para o crescimento e, por isso, estamos trazendo conteúdos que possam levar aos empreendedores essas orientações de como se manter competitivo e sustentável diante de uma nova realidade”, conclui.

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  • Transferência bancária por DOC encerra nesta segunda-feira (15)

    Após quatro décadas de existência, a transferência por meio de Documento de Ordem de Crédito (DOC) acaba nesta segunda-feira (15), às 22h. Nesse horário, os bancos deixarão de oferecer o serviço de emissão e de agendamento, tanto para pessoas físicas quanto jurídicas, para transferência entre instituições financeiras distintas.

    No ano passado, as instituições bancárias haviam anunciado o fim da modalidade de transferência. A data máxima de agendamento do DOC vai até 29 de fevereiro, quando os bancos terminam de processar os pagamentos, encerrando o sistema definitivamente.

    Além do DOC, deixará de ser oferecida também, as 22h de hoje, a Transferência Especial de Crédito (TEC), modalidade por meio da qual empresas podem pagar benefícios a funcionários e que também está em desuso.

    Nos últimos anos, o DOC e a TEC perderam espaço para o Pix, sistema de transferência instantânea do Banco Central sem custo para pessoas físicas. Criado em 1985, o DOC permite o repasse de recursos até as 22h, com a transação sendo quitada no dia útil seguinte à ordem. Caso seja feito após esse horário, a transferência só é concluída dois dias úteis depois.

    Estatísticas
    Segundo levantamento da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), com base em dados do Banco Central, as transações por DOC somaram 18,3 milhões de operações no primeiro semestre de 2023, apenas 0,05% do total de 37 bilhões de operações feitas no período.

    Em número de transações, o DOC ficou bem atrás dos cheques (125 milhões), da TED (448 milhões), dos boletos (2,09 bilhões), do cartão de débito (8,4 bilhões), do cartão de crédito (8,4 bilhões) e do Pix, a modalidade preferida dos brasileiros, com 17,6 bilhões de operações.

    Utilizada principalmente para transferência de grandes valores, a Transferência Eletrônica Disponível (TED) continuará em vigor. Criada em 2002, a TED permite o envio dos recursos entre instituições diferentes até as 17h dos dias úteis, com a transação levando até meia-hora para ser quitada.

  • Produção de veículos aumenta 1,3% em 2023, diz Anfavea

    A produção de veículos cresceu 1,3% % em 2023, ao alcançar 2,20 milhões de unidades ante as 2,37 milhões produzidas no mesmo período do ano anterior, segundo balanço divulgado hoje (10) pela Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). Para a entidade, os números poderiam ser melhores, caso as exportações não tivessem caído 16% e as importações aumentado 29%. Segundo os dados, a produção de caminhões e ônibus caiu 37,5%, em função dos custos mais elevados das novas tecnologias de controle de emissões, adotadas para atender a etapa P8 do Proconve, válida desde janeiro de 2023.

    As vendas de veículos novos tiveram alta de 11,2%, em 2023, com 2,18 milhões mil unidades emplacadas contra as 2,10 milhões do mesmo período do ano anterior. Acrescentando caminhões e ônibus, os emplacamentos de autoveículos chegaram a 2.309 mil unidades, 9,7% a mais que em 2022.

    “A média diária de emplacamentos cresceu de forma consistente ao longo de 2023, fechando com 12,4 mil unidades/dia em dezembro, melhor resultado dos últimos quatro anos. O bom desempenho no último mês foi puxado principalmente pelas locadoras, que compraram 75 mil unidades, 30 mil a mais que a média do ano passado. Outro fator que impulsionou os emplacamentos foram as promoções para vendas de modelos híbridos e elétricos antes da volta do Imposto de Importação, que ocorreu na virada deste ano”, diz a Anfavea.

    As exportações tiveram queda de 16% de janeiro a dezembro de 2023, com 403,9 mil unidades comercializadas no mercado externo. No mesmo período do ano passado esse número foi 480,9 mil. A queda ocorreu devido à diminuição de vendas em países como Argentina (-16%), Chile (-57%) e Colômbia (-53%). Para 2024 a Anfavea, estima que as vendas cresçam 6,1% (2.45 milhões de unidades), 6,2% na produção (2.47 milhões) e 0,7% nas exportações (407 mil unidades). Segundo o presidente da entidade, Márcio de Lima Leite, há motivos para acreditar em um ano positivo para o setor automotivo brasileiro porque, além da expectativa de crescimento do mercado interno e da produção, há a publicação da Medida Provisória nº 1.205 que instituiu o Programa Mover.

    “Trata-se de uma política industrial muito moderna e inteligente, que garante previsibilidade a toda a cadeia automotiva presente no país e as novas empresas que chegarem, e ainda privilegia as novas tecnologias de descarbonização, os investimentos em P&D e favorece a neoindustrialização,” explicou.

  • Após arroz subir 18%, feijão deve ficar mais caro em 2024

    A dupla de alimentos indispensáveis no prato dos brasileiros deve ficar mais cara no próximo trimestre de 2024. É porque as condições climáticas impactaram de forma negativa tanto a produção de arroz quanto a de feijão no último semestre de 2023.

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    Em janeiro do ano passado a saca de arroz de 50 kg, vendida pelos produtores, custava cerca de R$ 92 e fechou o ano comercializada a R$ 126.

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    O pesquisador também afirmou que há a expectativa dos valores diminuírem, mas nada parecido com o que era praticado antes do aumento.

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    Para 2024, a estimativa era de que a colheita do feijão fosse de aproximadamente 3 milhões de toneladas, mas a safra deve registrar retração de mais ou menos 2,5%. Com isso, o preço deve subir com maior intensidade até março.

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